Curta brasileiro vence 70 prêmios e está qualificado para o Oscar
Filme animado da diretora Camila Kater é uma co-produção Brasil/Espanha
Filme de estreia da diretora Camila Kater, o documentário animado “Carne”, está qualificado para concorrer ao Oscar® 2021 na categoria de curta-metragem documental. O filme é uma co-produção Brasil/Espanha, produzido por Lívia Perez (Doctela) e Chelo Loureiro (Abano Producións).
Desde ontem, dia 12 de janeiro, o filme está disponível em formato online e gratuito no New York Times Op-Docs, uma plataforma gratuita de alcance global do jornal estadunidense que reúne os melhores filmes de não ficção do mundo.
O Curta teve a sua estreia no Festival Internacional de Locarno em agosto de 2019, na Suíça, onde recebeu Menção Especial pelo Júri Jovem.
Na sequência o filme foi selecionado oficialmente em mais de 250 festivais pelo mundo, como Toronto International Film Festival, Annecy, IDFA, entre outros, recebendo mais de 70 prêmios nacionais e internacionais, incluindo; Melhor Roteiro e Melhor Curta pelo Júri Popular e pela Crítica (ABRACCINE) no 52º Festival de Brasília, e Melhor Curta Documentário no Festival de ZINEBI (qualificador do Oscar®).
A partir da metáfora que relaciona o estado de cozimento da carne com o corpo da mulher, o curta sugere uma relação entre carrnivorismo e dominância masculina para expor os inúmeros tipos de violências dos quais as mulheres são vítimas mas também enfatizar as formas de resistência que essas mulheres encontram para libertar seus corpos dos padrões de beleza e comportamento impostos pela sociedade.
Em Carne, a diversidade das experiências das mulheres com seus corpos decorre sobretudo das diferentes características das cinco personagens escolhidas.
Rachel, Larissa, Raquel, Valquiria e Helena expõem vivências diversas determinadas de acordo com a faixa etária, orientação sexual, etnia e constituição corpórea.
Como forma de incorporar essa diversidade à estética do filme e criar uma associação sensorial entre depoimento e a plástica do filme, cada fase e personagem foi criada com uma técnica de animação específica e por uma animadora diferente.
Na infância, fase ‘crua’ da carne, Camila Kater utiliza stop-motion com objetos e pintura à óleo em cerâmica para expressar o relato de Rachel Patrício sobre gordofobia na infância.
A adolescência, fase ‘mal-passada’, é representada pela animação em aquarela criada por Giovana Affonso para dar conta da percepção de Larissa Rahal sobre o tabu da menstruação e a preocupação em ter um corpo adulto.
Na juventude, fase em que a sociedade entende o corpo feminino como ‘ao ponto’ para consumo, a animação digital 2D criada por Flávia Godoy dá forma às diferentes violências que a cantora Raquel Virgínia enfrenta com seu corpo de mulher transexual e negra no Brasil.
A meia-idade, fase ‘passada’, traz visibilidade às transformações corporais do climatério relatadas por Valquiria Rosa a partir de seu ponto de vista de mulher lésbica e materializadas através do stop-motion em argila criado por Cassandra Reis.
Na terceira idade, fase ‘bem passada’, a animação direta a partir da pintura e intervenções em película 35mm feita por Leila Monsegur, representa a consagração do corpo como lugar de libertação a partir da experiência da cineasta e atriz Helena Ignez, ícone da cinematografia brasileira.
“Acredito que a animação confere aos depoimentos uma dimensão sensorial muito rica e que pode ser uma linguagem maravilhosa para abordar temas sensíveis. Há uma conexão especial entre as histórias reais e as animadoras, e ela está, de alguma forma, impressa no filme. Carne é um trabalho colaborativo, feito a partir de uma equipe de 95% de mulheres, que me trouxe confiança como diretora e animadora, mas também me deu a oportunidade de conhecer essas mulheres incríveis e aprender muito com elas. Não posso dizer que estou totalmente confortável com meu corpo hoje, mas certamente o respeito e o admiro mais”, diz Camila Kater
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