Concerto da Neojiba celebra 75 anos do maestro John Neschling

Completando 15 anos de existência em 2022, o programa Neojiba promoverá, no dia 1º de junho, às 19h30, um concerto especial no Teatro Castro Alves (TCA), em Salvador, em homenagem aos 75 anos do maestro John Neschling.

O maestro, que vive na Suíça e há seis anos não rege no Brasil, o fará pela primeira vez na orquestra baiana.

O concerto terá como solistas o pianista baiano Ricardo Castro, fundador e diretor-geral do Neojiba, e a soprano ucraniana Olesia Matei, que participa de intercâmbio cultural promovido pelo programa para acolher jovens musicistas da Ucrânia. 

Olesia trabalhava no Kyiv National Academic Operetta Theatre, na capital ucraniana, e se apresentará pela primeira vez no TCA.

O repertório terá três peças icônicas no universo da música de concerto: a Alvorada, da ópera abolicionista “Lo Schiavo”, de Carlos Gomes, considerado o maior compositor de óperas das Américas; a obra  “Ch’io mi scordi di te”, de Wolfgang Amadeus Mozart, apreciada como uma das melhores árias de concerto do compositor austríaco; e a grande “Sinfonia  nº 1”, do também austríaco Gustav Mahler. 

A “Titã”, como Mahler rebatizou sua sinfonia, já foi apresentada duas vezes pela Orquestra Neojiba na Bahia e durante a Turnê Europa de 2014, que passou pelos principais palcos da Suíça, Itália e Inglaterra.  

Os ingressos já estão disponíveis no Sympla (sympla.com.br) e na bilheteria do teatro, a preços populares – R$ 4 (inteira) e R$ 2 (meia). De acordo com a organização do evento, o público deverá apresentar o comprovante de vacinação.

Fenômeno

Em julho do ano passado, Neschling, que foi responsável pela reformulação da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp) e da construção da Sala São Paulo nos anos 1990, provocando uma transformação sem precedentes no mundo orquestral brasileiro, escreveu um texto em que afirma que o Neojiba é um “fenômeno único no mundo”. 

“A Orquestra Neojiba começa por ser um dos projetos sociais mais bem realizados de que jamais tive notícia. Formada por meninos baianos de todas as proveniências, é de uma beleza fascinante. Afirmo aqui, sem titubear, que não há no mundo uma orquestra que se compare em beleza e originalidade ao conjunto baiano que Ricardo criou”, disse o músico.