Clinio Bastos diz que decreto estadual pode inviabilizar festas indoor durante o Carnaval

Em entrevista ao editor-chefe do Portal M!, Osvaldo Lyra, o vice-presidente da Associação Brasileira de Entretenimento (ABRE-BA), Clinio Bastos, falou sobre os cancelamentos e adiamentos das festas no estado após novo decreto do governo, que reduz de 5 mil para 3 mil pessoas o público presente nos eventos, por causa do aumento de casos de Covid-19. Além disso, nenhum espaço poderá ultrapassar 50% de sua capacidade. 

De acordo com Bastos, o novo decreto deve dificultar a realização de festas no período do Carnaval. Na segunda-feira (10), eventos como o Bonfim de Tarde, o Circuito Musical Verão 22 e o Baile de Santinha foram adiados ou cancelados. 

“Fica cada vez mais difícil. Você baixa de 5 mil para 3 mil, já diminui a possibilidade de rentabilizar, que um evento de grande porte possa se pagar. E com a proximidade do Carnaval, claro que esse tipo de decisão vai gerar insegurança, não só para o empresário como para o próprio consumidor, para o patrocinador”, argumenta.

Clinio Bastos acredita que o decreto governamental pode inviabilizar a realização de grandes festas.

Clinio Bastos 

“A gente tem falado insistentemente sobre a importância econômica do Carnaval, mas sempre temos a preocupação clara. A gente sempre destacou que somos sempre, sim, favoráveis à saúde. Temos família, temos compromisso com a sociedade. Quando a gente faz uma festa, a gente é responsável pelo público da nossa festa. Obviamente só faremos mediante a condição ideal, até mesmo porque a decisão de realizar ou não a festa é do poder público, não da iniciativa privada”, detalhou. 

Bastos conclui: “Agora, pegar um setor já sacrificado, há quase dois anos sem trabalhar, e mais uma vez levar a crer que [este setor] tenha sido o culpado [do aumento de casos de Covid-19]… Vamos penalizar o empresário correto pela falta de capacidade do poder público de fiscalizar aqueles que eventualmente não cumpriram [os protocolos]”.