“Brasil se tornou um pária e agora é hora de voltar e dialogar com o mundo”, afirma Chico César

Chico César é um dos nomes convidados para o Festival do Futuro, organizado pela nova primeira-dama do Brasil, Janja da Silva, para a cerimônia de posse do presidente eleito Lula (PT), em 1º de janeiro de 2023. Na avaliação do artista, o país tornou um “pária” nos últimos seis anos (partindo de Michel Temer), principalmente de 2019 para cá, com a gestão de Jair Bolsonaro.

“Eu vejo o Brasil voltar a ser um parceiro, um player, como se diz, junto aos parceiros internacionais. Ele se tornou um pária nos últimos anos e agora é hora de voltar e dialogar com o mundo, com os países europeus, africanos, nórdicos, Estados Unidos”, disse o cantor durante o programa Nova Manhã da rádio Nova Brasil, comandado pelo editor-chefe do Portal M!, Osvaldo Lyra, nesta quinta (1º).

Para além da poesia de suas músicas, Chico César também é conhecido pela defesa de tradições e costumes dos povos originários, assim como a preservação da Amazônia. 

No novo governo, a equipe de transição do petista já estuda viabilizar a reconstrução de alianças para atrair investimentos e proteger a região de Mata Atlântica com o Fundo Amazônia, de nações como Alemanha e Noruega, cortados durante a gestão Bolsonaro. 

“A floresta em pé ela tem muito mais valor do que a floresta derrubada”, pontuou Chico, que chegou a ser especulado como o novo Ministro da Cultura. Ele também pontuou este é o momento também de “juntar os cacos”. 

“É importante juntar os cacos. Muitas famílias se romperam por divergências políticas. Amigos se separaram, de modo que parece irreversível, mas nada é irreversível, a não ser quando a pessoa tem realmente posturas intransigentes na defesa do facismo, da misoginia”, pontou Chico.

“Esse não um momento de falar que é uma vitória da esquerda, mas é o momento de vitória do país, da democracia”, completou o cantor que se apresenta neste sábado (3), em um show jutamente com Geraldo Azedeo, na gravação do DVD da turnê “Violivoz”, no Teatro Castro Alves, em Salvador. 

*Confira a entrevista na íntegra: