Artesãs dizem que Festival de Artesanato valoriza a arte e mostra a história e cultura do povo

Reunindo 260 artesãos, o 1ª Festival Nacional de Artesanato na Bahia (FENABA) começou nesta sexta-feira (17) e segue até o domingo (19), na Arena Fonte Nova, em Salvador. Em entrevista ao Portal M!, artesãs participantes do evento destacaram a importância do espaço como oportunidade de levarem suas produções à população. 

Conforme a artesã Sara Dias, que integra a Rota Pataxó, o espaço e reconhecimento proporcionado pelo Festival é importante, porque possibilita que eles apresentem a história e cultura do povo.

“Nós estamos maravilhados, encantados mesmo, principalmente eu que sou da Rota Pataxó, do extremo sul, chegar no nível de vir a capital representar o nosso trabalho, é gigantesco. Até porque nós dos Pataxó não estamos trazendo apenas peças, estamos trazendo história, cultura. Quando nós trazemos as nossas peças para aqui, para o evento, não só esse como em todo o Brasil, nós estamos levando a história de um povo, do nosso povo. Então, poder apresentar para outras pessoas, para outras culturas, outras vivências a nossa história, a gente vê que estamos sendo respeitados pela nossa história”, enfatizou em entrevista ao Portal M!.

Durante o evento, Sara, que também representa a agricultura familiar, exibe obras feitas a partir da plantação de cabaças, cultivadas em uma pequena fazenda que possui com seu esposo.

“Nossa cidade é rica pela plantação de pimenta do reino, o urucum, que minha família exporta também, e a cabaça, já que eu e meu esposo temos uma pequena fazenda onde a gente planta. E nessas cabaças, a gente coloca a história da nossa cidade, a representação da nossa cidade. São várias espécies de cabaças, todas elas representando a agricultura familiar da nossa cidade. Pimenta do reino, café, urucum e várias outras espécies de plantas de lá da nossa cidade”, contou. 

Quem também marca presença no Festival é o Instituto Crescer, coletivo de mulheres artesãs de Salvador, localizado na Boca do Rio, Itapuã e Nordeste. O local desenvolve diversas técnicas de artesanato e é voltado para mulheres em situação de vulnerabilidade social e idosas.

“Temos as nossas artesãs voluntárias, que fazem o trabalho de multiplicação. Estamos aqui hoje na Feira, apresentando os nossos produtos”, disse Maria da Penha, uma das voluntárias do Instituto. Entre os produtos expostos pelo coletivo, estão macramê, crochê, arte em retalho, além do trabalho de mosaico. “Que é das mulheres de Itapuã. Temos ainda, trabalho em búzios, artesanato em pedrarias, temos as bolsas, todo esse material”, complementou. 

Confira a entrevista:

 

 

 

 

 

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