“Aproveite cada minuto ao lado de quem você ama”, diz Solange Almeida sobre lição da pandemia

A pandemia da Covid-19 que assolou o mundo em 2020 deixou, pelo menos, 669 mil mortos no Brasil e 6,32 milhões ao redor do mundo. Além das mortes e outros diversos problemas causados pelo vírus, houve também um aumento em 25% nos casos de ansiedade e depressão, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).

A cantora alagoinhense, Solange Almeida, assim como muitos outros brasileiros, usou da fé para poder passar pelos longos dias sombrios da pandemia. “Eu fortifiquei a minha fé, mesmo sendo muito presente em minha vida, seria impossível enfrentar tudo aquilo sem fé, sem orar, sem clamar à Deus pelo próximo. Ainda não acabou, mas estamos mais perto do que longe”, contou Solange, durante entrevista com o colunista de A Tarde e editor-chefe do Portal M!, Osvaldo Lyra.

“A pandemia mostrou o quanto precisamos valorizar cada momento ao lado das pessoas que são importantes para nós. Por isso, a grande lição é: aproveite cada minuto ao lado de quem você ama”, acrescentou a ex-Aviões do Forró.

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é o país com a maior taxa de depressão da América Latina, com 5,8% da população afetada pela doença e o primeiro em ansiedade. O Estado brasileiro só perde para os Estados Unidos que detém 5,9% dos casos de depressão.

“Cuidar da saúde mental também foi um fator importante, somos um dos países com maior número de depressão na América Latina, e a solidão, na pandemia aumentou o nível de ansiedade em toda a população. Aprendi a ter ainda mais empatia. Me colocar no lugar da outra pessoa, escutar, acolher”, disse Solange. “Também tive que me adaptar a uma nova rotina, um novo modo de trabalhar, acho que não só eu mas muitas pessoas descobriram outras formas de viver, talentos até então desconhecidos”, emendou.

Cerca de dois anos depois do início da pandemia, com o avanço da vacinação no Brasil e no mundo, os decretos de barreiras sanitárias foram, aos poucos, sendo flexibilizados e, gradativamente, a vida foi retornando ao ‘normal’. Claro que, para uns, esse ‘normal’, demorou mais um pouco, ainda mais com uma nova ameaça de uma quarta onda de infecções.

“Eu voltei no meu tempo. quando senti que estava preparada. E toda a minha equipe respeitou esse tempo. Durante a pandemia passei a cuidar integralmente da casa, da família. aquilo se tornou algo tão prazeroso que já temia como me readaptar de volta aos palcos. Mas é um amor mútuo, amo minha família, amo cantar, e eu tenho uma legião de fãs que me amam e me apoiam”,  declarou a cantora.