Após quase encerrar atividades, Cia Baiana de Patifaria encena novas aventuras de Fanta e Pandora

A Cia Baiana de Patifaria abre as cortinas em 2022 com um recorte do sucesso do espetáculo ‘A Bofetada’. Agora, após dois anos sem apresentações, devido a pandemia da Covid-19, a mostra encena ‘Fanta e Pandora uma folia no inferno’ e com isso, o grupo lota as cadeiras da plateia aos sábados, no Teatro Módulo, na Pituba. Os personagens famosos pelas cenas que centram no humor, drama social e críticas a momentos duros do país estão em novo endereço. 

“É um recorte da Bofetada com dois personagens emblemáticos do espetáculo que agora estão em cena. Divido o palco também com Marco Barretto, que encena Aracy, Alexandre Moreira, que encena Marivaldo, Maurício Martins fazendo Paloma e Rodrigo Villa que divide a cena comigo, interpretando Pandora”, afirma o ator e diretor do grupo Lelo Filho em entrevista para o programa Nova Manhã, da Rádio Nova Brasil FM (104,7 FM), comandado pelo editor-chefe do M!, Osvaldo Lyra. 

De acordo com o diretor, a Fanta Maria é uma personagem que marca os seus 40 anos de carreira e tem uma carga especial na fase de retomada dos espetáculos no palco, porque integra um projeto que surgiu após a Cia quase fechar as portas em Salvador. 

“Passamos por um momento difícil da pandemia, com mais de dois anos com os teatros fechados, praticamente anunciamos o encerramento das atividades da Patifaria, porque as dívidas se acumularam e estava difícil manter a sede e a equipe. Recebi um convite de Fernando Guerreiro, da Fundação Gregório de Mattos, para desenvolver esse projeto e começar em 2022 em cena. Por isso foi escolhido o recorte da Bofetada ‘Fanta e Pandora'”, explica Lelo.  

Posicionamento dos artistas 

Fundada em 1987, a Cia Baiana de Patifaria, há 35 anos se consolidou como um dos principais núcleos de teatro do Estado e que chama atenção de todo o país. Para o diretor, essa responsabilidade tem um peso bom porque o artista assume o seu papel diante da sociedade para falar dos momentos que o mundo vive. 

“A gente usa o humor para contar essas coisas de modo leve e divertido. O papel da arte é esse, além de entreter, fazer as pessoas sonharem. Ninguém sai igual de um espetáculo, show, exposição. O que salvou muito a gente nesse momento tão difícil que a pandemia trouxe para a cidade foi a arte. As pessoas se apegaram a isso porque ficaram isoladas. A cultura sempre é o caminho melhor”, diz. 

Confira a entrevista: