“Adriano é o resumo de todos os carcereiros”, diz Rodigo Lombardi sobre personagem, que estreia nas telonas
Longa estrelado por Rodrigo Lombardi e Kaysar Dadour chega aos cinemas de todo o país nesta quinta-feira
Os dilemas e dramas – super barra pesada! -, vividos pelo agente penitenciário Adriano (Rodrigo Lombardi) ganharão às telonas nesta quinta-feira, 28, com a estreia de ‘Carcereiros – O Filme. O longa, dirigido por José Eduardo Belmonte, inspirado no livro homônimo de Drauzio Varella e na série exibida na TV Globo, apresenta um novo dilema no presídio: Agora, Adriano será responsável pelo encarceramento de um temido terrorista, vivido pelo ator sírio-brasileiro Kaysar Dadour.
No enredo, que se dividirá entre os dilemas familiares e as responsabilidades de Adriano e seu trabalho como agente penitenciário, o personagem de Lombardi vê a tensão subir ainda mais após a chegada do terrorista, interpretado por Kaysar. O longa, que estreou na 43ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo, conta ainda com Jackson Antunes, Dan Stulbach, Tony Tornado e Milton Gonçalves no elenco.
Confira a entrevista com Rodrigo Lombardi.
Entrevista/Rodrigo Lombardi:
1. Quais são as principais diferenças entre a série e o
filme?
A série preparou muito bem o filme. Quando ele começa a
gente não precisa contar nada. Já está tudo ali. As pessoas
que entendem a série já entendem o universo do filme e
quem não viu pode ver o filme sem problema nenhum
porque é só uma história de um homem comum no seu
trabalho.
2. Comente um pouco sobre o seu personagem.
O Adriano basicamente é um homem comum. O carcereiro
Adriano é o resumo de todos os carcereiros. O filme relata
uma noite no presídio aonde uma invasão acontece e do
nada desperta a ira de um, o pensamento de outro e isso vai
virando uma bola de neve até o fim. Isso acaba sendo
apenas mais um dia na vida do personagem.
3. Como é a preparação para interpretar Adriano? Qual a parte mais desafiadora na hora de interpretar seu personagem?
O Adriano foi acontecendo dentro de mim. Eu fui chamado numa sexta-feira e comecei a gravar na terça-feira. Eu não tive muita possibilidade de pensar nele, o que acabou sendo muito bom. Se eu tivesse um pouquinho há mais de tempo eu já
iria criar um estereótipo de um carcereiro. O José Eduardo Belmonte foi um lord comigo. Ele chegou e falou: “Rodrigo todas
as coisas que você pensa de um carcereiro, eu quero que você coloque dentro de uma mala pequena. Eu quero contar a
jornada de um homem comum e você é um homem comum, então não venha com estereótipos, a gente vai criar tudo no
set junto”. A gente começou a gravar em ordem cronológica, então, hoje eu vendo a série eu consigo identificar as
diferenças do Adriano do primeiro episódio para o décimo episódio. Claro que são diferenças de qualidade, mas, também
de aprofundamento, que iam acontecendo com o ator no set, juntamente com a história. Foi um trabalho que foi muito
bonito de fazer, mas, também foi muito edificante.
4. Você comentou que os carcereiros reais se identificaram com o Adriano. Fale um pouco sobre essa questão dos
envios de mensagem para você.
Eu criei uma amizade muito forte com os carcereiros que davam assessoria para a gente no set. Desde o primeiro momento
eles me ajudaram a criar esse personagem – eu os observava trabalhando e eles se colocavam frente à equipe.
Cada manifestação deles eu ia descobrindo um pouquinho
da história e desse ser humano e me ajudava a me
alimentar: o que era aquele carcereiro dentro daquela
humanidade e o que se destacava nele. Quando a primeira
temporada da série foi para o ar, eu comecei a receber o
retorno disso, já que comecei a receber muitos recados pelo
inbox das redes sociais contando um pouco da história de
cada um e agradecendo por se sentir representado na
televisão.
5. Você mudou o seu jeito de olhar os presídios após esse
personagem?
A gente aprende muita coisa. Cada um ali tem a sua
individualidade e os seus porquês e às vezes estão ali
injustamente. A pessoa acaba não saindo por não ter um
advogado, porque o caso foi esquecido ou até mesmo porque
perdeu a noção de tempo ou porque caiu ali dentro e não
sabe a noção de lei ou dos direitos e acabou ficando preso.
Hoje, depois desse trabalho, eu entendo o porque de tantos
presídios e tantos presos no Brasil e de tão poucas escolas
construídas. Isso é um resultado do tempo e quanto mais a
gente demorar para edificar novas escolas e criarmos
cidadãos capazes de governar e serem governados,
respeitando as leis e que cresçam em suas vidas particulares,
independentemente de sua situação social, todo ser humano
será capaz de evoluir. Mas, ele terá que ter essa ferramenta
de construção social antes e 90% das pessoas que estão
presas não tiveram essa oportunidade ou tiveram essa sorte
e quiseram cortar caminhos. Existe uma frase da Darcy
Ribeiro que diz “Se nossos governadores não construírem
escolas, em 20 anos faltará dinheiro para construir presídios”,
e é isso.
6. Como foi a relação com os outros atores do filme?
O Dan Stulbach eu já conhecia, sempre amei trabalhar com
ele. A gente tinha acabado de fazer uma novela e quando ele
apareceu ali eu fiquei muito feliz.
O Kaysar foi uma grata surpresa. Ele soube lidar muito bem
com essa história de esquecer que tem uma câmera ali.
Eu falei que teríamos que dar todo o suporte a ele, para ele conseguir fazer as cenas dele, já que ele nunca tinha feito
cinema. É impressionante a disponibilidade que ele teve, ele se doou muito e ele percebeu muito rápido que quanto mais
simples, melhor. Ele fez um grande trabalho nesse filme e eu acabei nem precisando ajudar.
Já o Rainer Cadete eu fiz “Verdades Secretas” com ele e acabamos tendo grandes momentos de novo com ele. Ele é sempre
uma alegria no set e a gente precisava muito disso, já que era um clima muito tenso e escuro devido à temática. A gente
sempre agradece quando chega alguém e bota o astral para cima e o Rainer era uma dessas pessoas.
Também tive parcerias que são presentes como o Tony Tornado que é um cara sensacional e uma grande companhia. Ele foi
uma das primeiras pessoas que eu conheci quando cheguei no PROJAC, mas, foi a primeira vez que pisamos em um set
juntos. A gente criou uma dupla que eu queria que se repetisse mais. Além do Tony, temos a lenda Milton Gonçalves que
nos intervalos contava histórias que a gente sempre quis ouvir envolvendo esses grandes atores que a gente sempre
idolatrou. Porém, quando estava em cena é impressionante olhar para uma pessoa que nem ele. Acabamos entendendo o
que é o que dizem do personagem se criar de dentro para fora: ele se transforma em um diretor de presídio em segundos e
esse é o sonho de todo o ator: chegar nessa carga, com essa naturalidade entendendo que menos é mais e realizando dessa
maneira.
7. O que as pessoas podem esperar de Carcereiros- O Filme?
O filme vai envolver as pessoas. Nós vamos contar a realidade do presídio de um jeito que as pessoas nunca viram em um
gênero que o Brasil gosta muito. Eu acho que ele vai surpreender o espectador devido à produção e a direção do José Eduardo Belmonte.
(FONTE: Assessoria de Imprensa).
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