“Tem muita coisa que a gente move fora dos shows”, diz Margareth sobre trabalho social na Penísula de Itapagipe

Idealizado pela cantora baiana Margareth Menezes, o Mercado Iaô, um centro de Arte, Educação, Cultura e Negócios Criativos, localizado na Península de Itapagipe, tem como meta constituir como um espaço de referência para o Artesanato e para a Cultura da Bahia, na busca por maior inclusão social, desenvolvimento sustentável e responsabilidade social.

“O raio de ação que a Fábrica Cultural tem são 15 anos junto com Jaqueline Azevêdo, no qual desenvolve muitos projetos com jovens e mulheres e que faz a gestão do novo projeto do Artesanato da Bahia junto à Setre. Tem muita coisa que a gente se move fora dos shows que a população não sabe.”, declarou a artista durante entrevista ao editor-chefe do Portal M!, Osvaldo Lyra, na rádio Nova Brasil FM.

Margareth avaliou ainda os 17 anos de trabalho social com jovens mais carentes.

“Nós fizemos ao longo dos quase 17 anos vários projetos de apoio ao empreendedorismo que vieram a beneficiar os jovens, mulheres com reciclagem com lona. Tivemos o meta centro com reciclagem de lixo eletrônico, e assim vamos trabalhando para trazer qualificação”, pontuou.

“A Fábrica Cultura atende a uma rede que existe na Península de Itapagipe. Eu venho de lá, eu sou dessa comunidade e está sendo muito importante poder retornar para a minha comunidade o que recebi nesse protagonismo artístico e isso veio naturalmente na minha carreira”, completou.

Indicada como uma das 100 personalidades negras mais influentes do mundo, a cantora avalia essa conquista como surpresa.

“São surpresas. A gente não acha que tem alguém nos observando nesse sentido, acompanhando nosso trabalho, nossa carreira. Existem algumas coisas que são feitas, mas não são populares. A maioria das pessoas não sabem ao longo desse meu tempo de trabalho quantas coisas já foram realizadas”, ressaltou.

Caracterizada por ser uma artista plural, Margareth declarou ser uma artista urbana.

“Nasci numa cidade, como Salvador, que tem a memória, mas tem também a contemporaneidade. A nova geração sempre está trazendo outras colaborações e os que vieram antes da gente são referências. Fazer esse link no nosso trabalho é vida e isso foi positivo pra mim”, finalizou.