“Que as grandes atrações sejam distribuídas nos bairros”, diz Margareth Menezes sobre Carnaval 2022

Comemorando 35 anos de carreira, a cantora baiana Margareth Menezes defendeu, na entrevista com o editor-chefe do Portal M!, Osvaldo Lyra, no programa Nova Manhã, da rádio Nova Brasil FM, a descentralização do Carnaval. Para ela distribuir as grandes atrações nos bairros pode evitar aglomerações.

“Atrações fortes, potentes, a Bahia tem de sobra. Nesse momento de pandemia, se for pra fazer, que faça com as pessoas daqui. Que as grandes atrações sejam distribuídas nos bairros, façam apresentações distantes, dar uma dinâmica mais espalhada da festa, descentralizando o fluxo da festa. Isso evita a aglomeração no centro e você satisfaz aos poucos”, ressaltou.

Para a cantora, se tiver atrações mais famosas nos bairros, a população não vai precisar sair de casa.

“Se você monta um palco bonito em locais abertos, espalha o Carnaval pela cidade e, talvez assim, consigamos fazer uma festa sem aglomeração. Se tiver atrações legais nos bairros, eles não vão precisar sair de casa. O importante mesmo é saber quantas pessoas estarão vacinadas”, pontuou.

A cantora baiana falou também sobre a retomada dos eventos e ressaltou que a vacina será ponto chave para a realização das festas.

“Exige um cuidado. O cuidado é importante. Será ótimo se nós conseguirmos um nível de vacina que seja adequado para que seja realizado, mas já perdemos mais de 600 mil vidas e esta, para mim, é a medida real. Se conseguir realmente vacinar, e é o que tem que ser feito, aí minimiza o surgimento de variante e precisamos entender a ciência. Não podemos ter achismo e faço votos que aconteça o Carnaval, que faz parte da nossa cultura”, disse.

Margareth disse ainda que a pandemia da Covid-19 deixou como lição o reconhecimento da humanidade.

“A lição maior que tem que ficar é o reconhecimento da humanidade. Quantos conflitos podemos parar para observar com mais calma, durante esse período da pandemia. Precisamos de uma sociedade mais igualitária, justa, com menos violência, que contemple a diversidade da qual é formada o povo brasileiro”, comentou.

“Precisamos retomar com outra visão, uma visão melhor para conseguir fazer um lugar mais humano para a gente viver”, finalizou.