Morre o jornalista Carlos Brickmann, aos 78 anos, em São Paulo
O velório será neste domingo a partir de 11h30
Depois de três meses internado no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, onde tentava se recuperar de vários problemas de saúde, morreu neste sábado (17), aos 78 anos, de falência múltipla dos órgãos, o jornalista Carlos Ernani Brickmann.
Figura reconhecida e admirada como repórter, editor, diretor – e, por todos os lados, como um colecionador de amigos -, Carlinhos, como era por todos conhecido, deixa a mulher, Berta, e os filhos Rafael e Esther. Ele deixou de respirar por volta de 17h30, em uma UTI do Sírio-Libanês.
O velório será neste domingo a partir de 11h30, e o sepultamento, às 13h, no Cemitério Israelita do Butantã.
Carlinhos deixa também o site noticioso Chumbo Gordo, que criou em 2015 e no qual trabalhou até recentemente, como analista político, ao lado de Marli Gonçalves. Nesse site Carlinhos mostrou até o fim, com a mesma energia de sempre, seu espírito crítico, sua memória gigantesca para grandes e pequenas coisas, sua ironia, a apuração competente e, praticamente a toda hora, seu bom humor.
O Brasil ainda era presidido por João Goulart, em 1963, quando Brickmann começou sua carreira, na Folha de S.Paulo – ele foi o mais jovem editor de Internacional, chamado na época de “subsecretário de Mundo”, numa redação comandada por Woile Guimarães.
Em 1966, depois de breves passagens pela sucursal paulista do Jornal do Brasil e pela Edição de Esportes do Estadão, foi compor, sob comando de Mino Carta, a primeira equipe do Jornal da Tarde, que revolucionou a imprensa brasileira na época – pelo conteúdo, pela forma, pelos furos, pelos prêmios. Entre estes, os prêmios Esso de 1966, 1967, 1968 e 1974, dos quais o então jovem editor participou diretamente.
Nas seis décadas em que passou mergulhado na vida política e econômica brasileira, Carlinhos alternou funções de repórter, editor e diretor em várias redações, como as da Folha da Tarde, editora Bloch, Visão e TV Bandeirantes, na qual dirigiu o telejornalismo e ganhou um prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte, a APCA.
Em 1993, ele abriu sua própria empresa, a Brickmann & Associados, pela qual foi atuar como assessor de políticos como Paulo Maluf, em sua campanha à Presidência da República, e de Nion Albernaz à prefeitura de Goiânia, além de dirigir a comunicação social da antiga Vasp. Na época, sua coluna, BBNews chegou a ser divulgada por 40 jornais de País.
Tendo trabalhado ao lado dele nestas ultimas três décadas – nos últimos sete anos no Chumbo Gordo -, a jornalista Marli Gonçalves diz que Brickmann “deve ser lembrado eternamente como defensor da imprensa livre e do pensamento democrático”. Ele foi, acrescenta, “um eterno gigante gentil que unia a inteligência ao humor, a precisão e uma memória ímpar e implacável”.
O editor Mario Marinho, que trabalhou com ele no JT e no Chumbo Gordo, resume: “Ele soube ser companheiro, chefe, amigo. Com competência e bom humor, soube levar a vida e nos fazer levar a vida. Fica uma saudade imensa, enorme, do tamanho dele”.
Outro amigo por todo esse tempo, o jornalista e executivo Miguel Jorge – ex-editor-chefe do Estadão e ex-ministro da Indústria e Comércio durante o segundo governo de Lula da Silva, teve em Carlinhos “um grande amigo, em todos os momentos e em todas as horas”.
Segundo Miguel, Carlinhos “tinha um coração do tamanho do mundo e ajudava todos, especialmente os focas. Sentiremos muita falta de sua verve, de suas ironias e de tudo o que o que o fez um grande amigo, um ótimo caráter e um excepcional jornalista”.
“Talentoso e criativo, o inquieto Carlinhos era uma referência de qualidade na redação. Essa é a lembrança que guardo e guardarei do amigo e colega que perdemos. Que o jornalismo do Brasil perdeu. Fica o exemplo”, diz dele Fernando Mitre, diretor nacional de jornalismo da Band – que com ele trabalhou, no Jornal da Tarde.
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