Volta às aulas: representantes da educação têm opiniões divergentes

Salvador se prepara para a retomada da primeira fase reabertura das atividades, mas não há consenso para as escolas. O secretário municipal de Educação, Bruno Barral, havia dito ao Portal M! que a rede municipal deverá retornar em setembro, de forma gradual, em sistema de rodízio e com redução de 50% da capacidade nas salas.

Procurado nesta terça-feira (21) pelo M!, o coordenador-geral da APLB-Sindicato, Rui Oliveira, foi taxativo e afirmou que a escola pública da Bahia não tem condições de retornar às atividades. 

“Eu não vejo na Bahia, e no Brasil, nenhuma escola pública que tenha condições de garantir a retomada das aulas antes da vacina. Para voltar, toda comunidade estudantil tem que ser testada e é preciso garantir o distanciamento de um aluno para o outro. Hoje, este distanciamento garante somente 12 alunos em cada sala” pontuou.

Rui diz que foi feita uma pesquisa com mais de oito mil professores do Estado da Bahia e uma das questões abordava o ano letivo 2020. “Temos um protocolo pós-pandemia, com ações que possibilitem a biossegurança da comunidade escolar e as escolas terão que se adaptar às normas deste protocolo”, disse.

EAD

A associação também se posicionou, através de nota, contra a estratégia de adotar a modalidade de Educação a Distância (EAD) como solução de conteúdo. Para eles, a EAD deve ser considerada um instrumento complementar, sem substituir a educação regular presencial nas escolas.

A APLB diz que principal bandeira da associação é a Preservação da Vida. Com isso, defende que o maior foco nesse momento deve ser o cuidado com a vida e todos os demais encaminhamentos devem estar alinhados a esse princípio.

Na manhã desta terça-feira (21), o prefeito ACM Neto anunciou a medidas do plano de retomada das atividades comerciais em Salvador. Confira aqui.