“Vamos levar a política de C&T para dentro das empresas”, diz secretário André Joazeiro

Com experiência de seis anos no Desenvolvimento Econômico da Bahia, o secretário André Joazeiro, novamente à frente da pasta de Ciências, Tecnologia e Inovação da Bahia há 60 dias, apontou três prioridades para a sua gestão: levar a política de C&T [ciência e tecnologia] para dentro de indústrias e comércio com parceiros para o desenvolvimento tecnológico, levar a política para outros territórios da Bahia fora da capital baiana e da região metropolitana e um maior investimento para a área.

“Eu sou arquiteto e urbanista, e tenho mestrado em planejamento urbano e regional, então, planejamento regional está na minha veia, e eu não vou conseguir sair daqui sem deixar na política de C&T uma direção forte de interiorização para desenvolvimento do estado”, disse André em entrevista com o editor-chefe do Portal M! e colunista de A Tarde, Osvaldo Lyra.

André falou que essa política de implantação de C&T nas empresas já está em curso, inclusive, já houve conferência de planejamento para traçar as principais linhas de discussão. “Vamos discutir na Fecomércio, já tivemos duas reuniões e vamos reativar o conselho de ciência e tecnologia da FIEB que está parado há mais de 1 ano. Quando veio o primeiro, você viu o que aconteceu com o Cimatec. Veio a Ford, veio a Petrobras, por conta disso você desenvolve mais profissionai”, explicou.

Durante a conversa, Joazeiro citou que 90% das empresas na Bahia são do setor de comércio e serviços de micro e pequenas empresas. “Vamos tentar melhorar processos dessas empresas. Isso eu estou falando de micro e pequenas, pode ser desde uma padaria até a academia de ginástica, qualquer comércio e qualquer serviço que esteja precisando ser digitalizado”, prometeu.

O parque tecnológico

Questionado sobre a situação do parque tecnológico da Bahia, que completou 10 anos agora no última segunda-feira (19), na qual políticos de oposição têm disparado críticas pela falta de avanço, Joazeiro rebateu e falou sobre o período de gestão de Paulo Souto, enquanto governador do estado, quando “duas emendas não foram executadas nem em um tijolo, um bloco”. “Não fizeram nada durante esse tempo que tiveram emendas sob sua gestão”, falou.

“Eu vejo que quem está fazendo esse tipo de crítica conhece pouco da história, conhece pouco do que está acontecendo no parque tecnológico”, disparou. Segundo o secretário, naquela época, as emendas foram conseguidas pelo então senador Walter Pinheiro.

“Isso mostra que o compromisso do então deputado não era um compromisso político com o grupo, era um compromisso com o estado. Ele colocou muitos milhões, acho que R$30 milhões na primeira, R$15 milhões na segunda, em torno de R$45 milhões de emenda para Paulo Souto que não foi executada”, acrescentou.

De acordo com o gestor, as emendas foram repassadas pelo Ministério Público (MP-BA) para o próximo governador, que foi Jaques Wagner. “Wagner consegue construir esse empreendimento. Primeiro, a infraestrutura. São 580 mil metros quadrados de área. Isso é um Itaigara, para você ?ter uma noção do que é o empreendimento. E o primeiro prédio também com emendas de Walter Pinheiro, mas já aí no governo Wagner, ele também é construído nessa gestão”, seguiu André Joazeiro na explicação.

“O prédio não é para ser casa de ninguém. Ele é um prédio para ser incubadora de empresas. Incubadora não de empresa nascente só. Uma empresa estrangeira que quer vir para a Bahia. Até que ela construa sua sede própria, ela precisa ter onde ficar para começar a pesquisar”, acrescentou. “O prédio não é para ser casa de ninguém. Ele é um prédio para ser incubadora de empresas. Incubadora não de empresa nascente só. Uma empresa estrangeira que quer vir para a Bahia. Até que ela construa sua sede própria, ela precisa ter onde ficar para começar a pesquisar”, emendou.

Atualmente, o parque tem 2/3 das áreas privadas, com 30 empresas em pesquisa, entre elas o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA). “Então, hoje o parque tecnológico tem densidade. O parque não é só aquele espaço, mas uma estratégia do governo de interiorização. Ele foi dinamizado em outros municípios. Então, a gente montou unidades, por exemplo, de espaços dinamizadores em 16 territórios e entidades dos 26 que estão previstos para serem entregues até o final do ano. Dezesseis já foram montados, entre eles o Cimatec em Camaçari”, completou.