“Vamos integrar o equipamento hospitalar à comunidade”, diz o CEO da rede Mater Dei

Com previsão de ser inaugurado no primeiro trimestre de 2022, o Mater Dei Salvador vai ter 63 mil metros quadrados de área construída, 370 leitos, um pronto-socorro que pode atender até 1.000 pacientes por dia, sem contar toda a gama de exames que poderá ser realizada. O centro médico terá 10 mil metros de área construída, são mais de 60 consultórios.

Com um investimento estimado em R$500 milhões, o CEO da rede, Henrique Salvador, disse ao editor do Portal M!, Osvaldo Lyra, em entrevista ao jornal A Tarde, que “vamos integrar o equipamento hospitalar à comunidade”.

“Salvador é uma das cinco principais cidades do Brasil hoje e está estrategicamente localizada na porta de entrada do Nordeste. Nós acreditamos que fazer um Pool de desenvolvimento na área da saúde a partir da Bahia faz todo o sentido. Então por vários motivos, nós achamos que Salvador fazia todo o sentido. E também porque ainda não existia naquele momento em Salvador um equipamento hospitalar com a característica dos hospitais da rede Mater Dei”, disse.

Henrique revelou ainda que há o interesse de expandir as unidades em outras regiões da Bahia.

“É nosso foco de interesse a partir de Salvador crescer para outras regiões da Bahia também. É do nosso interesse criar um polo em Salvador e outro polo em Belém e ir consolidando nessa região Nordeste do Brasil, porque nós acreditamos muito que à medida que o país for crescendo, que a economia for ficando mais pujante, a região Nordeste vai se desenvolver muito no Brasil”, pontuou.

“Nós escolhemos muito bem o local desse hospital em primeiro lugar, esse terreno foi escolhido a dedo, era a antiga fábrica da Coca-Cola. Nós conseguimos negociar com a família que era proprietária do terreno, a família que também acreditou no empreendimento, a família do Júnior Moura. Buscamos um arquiteto super especializado em hospitais, esse é o terceiro projeto que ele faz para a gente, um professor da USP, muito experiente, tem toda uma biografia voltada para a construção de prédios verdes, sustentáveis”, completou.

O CEO explicou ainda a funcionalidade do equipamento que está sendo construído na avenida Lucaia, região que compreende os bairros da Garibaldi, Rio Vermelho e Vasco da Gama.

“Colocamos nesse hospital entradas distintas para fluxos muito diferenciados, então por exemplo, essa questão de fluxo faz toda a diferença agora devido à pandemia, porque você pode separar dois hospitais dentro de um. O hospital vocacionado para atendimento da COVID-19 e o hospital não COVID-19 relacionado, de tal maneira que você não mistura os fluxos. Nós fizemos isso nos nossos outros hospitais e esse hospital de Salvador vai permitir isso também”, disse.

“Com pronto-socorro diferenciado, com o centro cirúrgico muito moderno, com área de exames também muito avançada em termos de tecnologia. Nós fizemos um investimento, por exemplo, em um teto verde nesse hospital. Nós vamos ter uma área verde dentro do hospital voltada para a humanização maior. Às vezes é um paciente oncológico, um paciente que precisa de um tratamento por mais tempo dentro do hospital, ele vai ter um ambiente em que possa socializar melhor até com a própria natureza”, prosseguiu.

Henrique revelou ainda  a capacidade de atendimento do hospital e do centro médico.

“Esse hospital vai ter 63 mil metros quadrados de área construída, 370 leitos, um pronto-socorro que pode atender até 1.000 pacientes por dia, sem contar toda a gama de exames que poderá ser realizada. O centro médico terá 10 mil metros de área construída, são mais de 60 consultórios, onde as pessoas vão poder se consultar e ter todo o apoio. Vai ter um centro de convenções também nesse centro médico, e algumas áreas administrativas para apoiar o hospital também”, revelou.

“Então esse sistema já existe muito nos Estados Unidos hoje, são os grandes centros integrados de saúde. Então se você for no MD Anderson Cancer Center, tem o centro médico, tem o hospital. Se você for no Memorial Sloan Kettering Cancer Center, um hospital de Nova Iorque, a mesma coisa. Então o que nós procuramos trazer foi um sistema integrado de saúde para atender as pessoas da melhor maneira possível”, completou.

Questionado sobre o processo de contratação dos profissionais na busca por uma mão de obra qualificada Henrique falou sobre o acordo firmado com o município através do SIMM.

“Uma preocupação que a rede Mater Dei sempre tem, foi assim em Belo Horizonte, foi assim Betim, tem sido assim em Belém, e tem sido em Salvador também: é integrar o equipamento hospitalar à comunidade”, disse.

“Então além dessa iniciativa do SIMM, que é uma iniciativa muito importante, porque nós estamos inclusive oferecendo oportunidade de primeiro emprego a muita gente, nós estamos participando de projetos sociais muito importantes das comunidades do entorno, nós temos um acordo com o OSID (Obras Socias Irmã Dulce), onde nós vamos capacitar parte das nossas técnicas de enfermagem de primeiro emprego lá no OSID, no Hospital Santo Antônio”, completou.

“Mas também vamos dar, em contrapartida, uma consultoria para certificação de qualidade desse hospital, dada toda a tradição que o Mater Dei tem na área da qualidade. Então o nosso interesse é integrar o máximo que a gente puder na cultura, na realidade local, de uma maneira que o hospital passe a ser cada vez mais um ente relevante para a comunidade”, finalizou.