Uma semana depois, casarão na região da Soledade volta a sofrer com novo desabamento

Uma semana após o último registro, um imóvel localizado na região da Soledade, no Centro Histórico de Salvador, voltou a sofrer com o desabamento na sua parte interna, nesta quinta-feira (15).

De acordo com a Defesa Civil da capital baiana (Codesal), desta vez, o acidente acabou interditando a passagem que os moradores usam para acesso a suas casas localizadas no fundo do imóvel. 

Agentes do órgão municipal realizaram nova vistoria na manhã desta quinta-feira. No local existem cerca de 46 imóveis habitados. Anteriormente a Codesal havia realizado vistorias no referido casarão, no último dia 6 de julho, devido ao avançado estado de degradação e abandono do imóvel.

“A construção foi tombada há várias décadas pelo Ipac, que não providenciou a manutenção da construção junto a proprietária, que já foi notificada diversas vezes pela Codesal para que proceda a reforma. O resultado tem sido a crescente deterioração do imóvel”, informou a Codesal, através de nota.

Ainda de acordo com o órgão, a Secretaria municipal de Desenvolvimento e Urbanismo (Sedur) foi foi acionada para a retirada das partes remanescentes e proceder a inspeção predial. A Codesal encaminhou ofício ao Ipac para análise e deliberação. 

Registros da Codesal apontam que o casarão possui amplo histórico de desabamentos de alto risco, contabilizados em sete processos desde 2008, tendo um deles ocorrido há cerca de 20 dias. 

“Embora não seja de sua área de competência, a Prefeitura aguarda a autorição do Ipac [Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia] para a demolição total ou parcial do imóvel”, salienta a nota.

Notificação

Segundo a Codesal, a proprietária, em caráter de urgência foi notificada para que, mediante autorização do Ipac, realize o escoramento da fachada e das paredes; promova a cobertura total do imóvel para evitar infiltrações e o encharmento das paredes e efetue a retirada dos escombros do interior do casarão.

Em laudo técnico, a Defesa Civil de Salvador apontou que a demolição do imóvel é a única solução para evitar risco aos moradores – a medida já foi solicitada ao Ipac.