Um ano depois das manchas de óleo atingirem o litoral baiano, responsáveis ainda não foram identificados

Um ano depois das primeiras manchas de óleo chegarem ao litoral da Bahia, os culpados pelo crime ambiental ainda não foram identificados nem punidos pelas autoridades competentes. Entre 3 de outubro e 5 de novembro de 2019, o petróleo cru percorreu a costa baiana, começando em Mangue Seco e Jandaíra, e atingindo Mucuri, o primeiro município litorâneo antes da fronteira com o Espírito Santo.

Por onde passou, a substância impregnou as praias e o mar. De acordo com a Defesa Civil do Estado, 32 cidades baianas foram atingidas. Até fevereiro, o Ibama contabilizou 459,49 toneladas de óleo coletadas nas praias do estado. Em todo o Brasil, foram retiradas 5.370 toneladas de petróleo cru das regiões litorâneas.

As manchas pararam de chegar, mas o resíduo ainda assusta pelos impactos ambientais. Especialistas estimam que a natureza vai levar no mínimo dez anos para se recuperar. Pescadores das regiões afetadas relatam a escassez de peixes após a incidência do óleo.  

Em Conde, no litoral norte baiano, pescadores afirmam que antes do crime ambiental, em uma viagem de oito dias, chegavam a capturar 500 kg de pescado. Agora, apenas 100 kg são obtidos.