Triplex do Guarujá, de propriedade atribuída a Lula, será sorteado neste sábado

A Loteria Federal da Caixa sorteia na noite deste sábado (28) o triplex que já foi atribuído ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), localizado em Guarujá, no litoral paulista. Os interessados pagam uma assinatura mensal de R$ 19,90 para concorrer ao imóvel , avaliado em R$ 3 milhões, que pertence à empresa Pancadão de Prêmios.

Os candidatos a dono do triplex puderam participar do sorteio até 23h59 de sexta-feira (27). De acordo com o Portal G1, a campanha foi iniciada em 20 de novembro de 2021. 

Segundo a empresa, o sorteio é feito por meio de um sistema que utiliza o resultado da Loteria Federal para gerar o número da sorte.

“O ganhador geralmente é localizado por nossa equipe de especialistas em atendimento”, diz a Pancadão de Prêmios, que acrescenta realizar os procedimentos de acordo com as regras da Secretaria de Avaliação, Planejamento, Energia e Loteria do Ministério da Economia (SECAP) para os processos de entrega do prêmio.

A empresa explica que o ganhador terá atendimento por Whatsapp, mesma plataforma em que se inscreveu e pagou as mensalidades.

O imóvel de três andares, no Condomínio Solaris, está localizado na Avenida General Monteiro de Barros, 638, no bairro Vila Luis Antonio.

Entenda o caso 

O então juiz federal Sergio Moro ordenou a venda do triplex em leilão público realizado em janeiro de 2018. O ex-presidente Lula, por sua vez, foi condenado em duas instâncias no processo que envolve o imóvel.

Em primeira instância, a pena fixada foi de 9 anos e 6 meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e de lavagem de dinheiro. Na segunda, foram 12 anos e 1 mês de prisão, com início em regime fechado.

Lula foi acusado pelo Ministério Público Federal (MPF) de receber propina da empreiteira OAS. A suposta vantagem, no valor de R$ 2,2 milhões, teria saído de uma conta de propina destinada ao  PT, em troca do favorecimento da empresa em contratos na Petrobras.

Lula nega as acusações. Em dezembro de 2021, a Procuradoria da República no Distrito Federal pediu o arquivamento do caso, apontando para a prescrição dos supostos crimes cometidos pelo ex-presidente.

A manifestação foi motivada pela decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que, em abril, considerou suspeita a atuação de Moro no caso e anulou a condenação de Lula. Assim, a investigação foi encaminhada para a Justiça Federal, em Brasília.