Tecnologia é aposta para compensar déficit na educação causada pela pandemia, aponta Marcelo Oliveira

Após dois anos de pandemia da Covid-19 e de suspensão das aulas presenciais, o titular da Secretaria Municipal da Educação (Smed) de Salvador, Marcelo Oliveira, apontou que a tecnologia é a principal aposta da pasta para auxiliar na compensação do déficit de aprendizado dos alunos da rede.

“A pandemia suspendeu as aulas por um período muito alongado, e estamos com alunos que avançaram na sua vida escolar sem ter o aprendizado correspondente. E agora em 2022, tivemos um ano em que constatamos esse déficit de aprendizado. Temos alunos com dois anos de déficit, pelo período das aulas remotas e ensino híbrido. Foram alunos que não conseguiram, por uma série de razões, assimilar o conhecimento que foi passado”, explicou Oliveira, em entrevista ao Portal M!.

Diante deste quadro, o secretário aponta que o uso da tecnologia seguirá sendo uma aposta da pasta em 2023, para compensar a lacuna de aprendizado nos alunos da rede municipal de ensino. Segundo Oliveira, até o momento, 106 mil tablets já foram adquiridos pela prefeitura, em um conjunto de investimento na educação digital.

“Com essa ação, nós esperamos que o aluno possa estender seu tempo pedagógico para além do tempo de aula. Esse é o nosso propósito maior: que eles tenham condição de fazer o dever de casa, suas lições, utilizando o tablet”, ressaltou.

O titular da Smed, no entanto, ressaltou que o processo de compensação do déficit de aprendizado não ficará restrito a 2023.

“Essa retomada, essa compensação dessas lacunas de aprendizado é algo a ser encarado por anos à frente, não vai ser resolvido em um ano ou dois. Serão anos para fazer esse resgate do que não foi conquistado por essas crianças, e por isso estamos recorrendo à tecnologia, como forma de acelerar esse processo de compensação das aulas suspensas”, apontou.

Por fim, o secretário também reforçou que a pasta tem feito todos os esforços possíveis para compensar o aprendizado que essas crianças não conquistaram ao longo do período de pandemia. Ele também pediu às famílias que, em 2023, façam o possível para que as crianças não percam dias de aulas.

“Estamos fazendo os investimentos, preparando as estruturas das escolas, treinando os professores  com formação continuada, mas também é muito importante que as famílias não deixem de levar as crianças às escolas. A perda já foi muito intensa durante a pandemia e elas não podem mais perder nenhum dia de aula. São 200 dias letivos, e cada um deles tem sua importância. Então, quando se perde, há um déficit de aprendizado que prejudica o desempenho”, ressaltou.