Taxa de desemprego fica em 11,1% no primeiro trimestre, diz IBGE

Cerca de 11,9 milhões de brasileiros ainda estão à procura de um trabalho


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redacao 01/05/2022 13:41 Cidades

A taxa de desemprego no Brasil já apresenta uma níveis ligeiramente melhores, mesmo com a taxa atualmente na casa dos 11,1%, se comparado ao ano de 2019 (antes da pandemia). A recuperação e as oportunidades, porém, não são iguais para esse contingente de 11,9 milhões de brasileiros que ainda estão à procura de um trabalho.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os dados,  contabilizados em março e divulgados na última sexta-feira (29),  mostram que há uma grande desigualdade no mercado de trabalho, seja entre as regiões, entre as diferentes idades ou a escolaridade de cada um. Entre as mulheres, por exemplo, a taxa de desemprego ainda é de 13,4%, enquanto para os homens está em 9,2%, de acordo com os dados do IBGE para o 4º trimestre de 2021, os mais recentes disponíveis.

No âmbito da região, o Nordeste, que tem uma economia muito dependente dos serviços e que mais sofre em se recuperar com o pós-pandemia, a taxa de desocupação é de 13,8%. É um número bem diferente do Centro-Oeste (9,5%) e do Sul (6,8%), onde ficam os principais pólos agropecuários do país. Na Bahia, por outro lado, onde estão os piores índices, 16,5% dos trabalhadores ainda estão sem emprego.

Em Santa Catarina, um dos maiores produtores de frango do país, a taxa de desemprego é de apenas 5,4%, a menor do Brasil. Nos produtores de soja e milho Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, está na faixa dos 6%.

A corretora Genial Investimentos pontuou em relatório a clientes que “a recuperação do mercado de trabalho não vem ocorrendo de forma homogênea entre os setores econômicos”.

“Alguns setores (agrícola, administração pública e serviços prestados a empresas) sentiram menos os efeitos da pandemia e já apresentam mais pessoas ocupadas atualmente do que no período pré-pandemia. Porém, outros setores, principalmente ligados à prestação de serviços, foram duramente afetados e ainda não se recuperaram”, continua a análise.

O economista Bruno Imaizumi, da LCA Consultores, mostra em um levantamento que a proporção de trabalhadores sem emprego há mais de dois anos nunca foi tão grande quanto agora. No último trimestre de 2021, 30,3% dos desempregados estavam procurando trabalho há dois anos ou mais, a maior proporção desde 2012, pelo menos, quando a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD) começou a ser feita pelo IBGE.

“Esse é o dado mais preocupante, porque quanto mais tempo a pessoa fica sem conseguir emprego, mais difícil fica a recolocação dela”, disse Imaizumi. “E é preocupante para a economia como um todo, porque são pessoas que estão aptas a trabalhar, mas vão perdendo a produtividade”, acrescentou.

Levando em conta o quesito idade e escolaridade, os números são ainda mais alarmantes. “Os jovens foram os que mais perderam durante a pandemia, mas agora também eles estão encontrando colocação mais rápido”, disse Maria Andréia Lameiras, pesquisadora do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) para mercado de trabalho. “Hoje eles representam 31% do total de desocupados; em alguns momentos chegaram a ser até 34%”, emendou. Entre aqueles com ensino médio incompleto, o nível de desocupação salta para 18,4%.

Já os profissionais com ensino superior completo formam o grupo que menos sofreu com as oscilações do mercado de trabalho durante o período pandêmico no Brasil, com taxa de desemprego de apenas 5,6%.

*Com informações da CNN Brasil

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