Sinepe vai negociar com sindicato para garantir retorno das aulas presenciais nas escolas particulares

As escolas particulares de Salvador seguem contando os dias para o retorno das aulas na capital da Bahia. O setor foi duramente afetado pela crise provocada pela pandemia e vê na volta as aulas, uma chance de sair do vermelho e salvar o emprego dos funcionários.

O prefeito Bruno Reis (DEM) definiu o retorno para o dia 3 de maio. De acordo com o gestor municipal, o ensino voltará a funcionar na cidade em formato semipresencial, após estar suspenso por mais de um ano, devido o surto da Covid-19 no país.

“Enquanto a escola pública faz parte do orçamento do governo, a escola particular vive de mensalidade, já está por demais abatida”, afirma  o diretor financeiro do Sindicato das Escolas Particulares da Bahia (Sinepe-Ba), Jorge Tadeu Coelho.

A fala do diretor ilustra a realidade do setor  que está há tempos no vermelho. Segundo  Jorge Coelho, as escolas particulares já estão preparadas para o retorno presencial, desde  o início da pandemia do coronavírus no país.

Jorge Tadeu Coelho é o diretor financeiro do Sinepe-Ba

Ciente da greve decretada pela Associação dos Professores Licenciados do Brasil  Secção da Bahia (APLB-BA), que afirma que as aulas nas  escolas públicas só irão retornar com a imunização completa dos profissionais da educação, Jorge se posiciona a respeito e destaca que as escolas particulares já possuem cerca de 200 protocolos sanitários para serem cumpridos durante o funcionamento.

“Qualquer pessoa que ocupa o cargo de diretor nas escolas tem um mínimo de responsabilidade sob a vida do outro. Ela não está naquele cargo à toa, seja pública ou privada. As escolas particulares têm um conjunto de protocolos que estará impresso e encadernado, a disposição para a pessoa ver se está sendo cumprido. Não será um retorno à toa. Há um conjunto de medidas para garantir a saúde dos alunos”, explica.

O Sinepe mantém a posição de retornar as atividades nas escolas no dia 3 de maio e diz que possui confiança no diálogo e bom senso do Sindicato dos Professores do Ensino Privado da Bahia (Sinpro-BA).

“Estamos agora nessa semana, nos preparativo de reabertura. Reorganizando as escolas e os últimos detalhes. Há muitas medidas, protocolos, mechemos nas estruturas. Estamos com uma expectativa grande de estar recebendo as crianças nessa primeira fase, fazendo acolhimento, depois recebendo elas na sala de aula”, pontua o dirigente.

Em fevereiro deste ano, em entrevista ao Portal M!, Jorge Tadeu Coelho, disse que até fim do primeiro semestre de 2021, as demissões acumuladas desde o início da pandemia devem atigir a marca de 10 mil. Ele afirma que se a tendência for permanecer apenas com aulas remotas, é possível que mais funcionários sejam desligados.