Sem procissão, caruru em homenagem a Santa Bárbara será entregue para moradores de rua

A missa e o tradicional caruru oferecido pelo Corpo de Bombeiros Militar da Bahia (CBMBA), nesta sexta-feira (4), em homenagem a Santa Bárbara, padroeira dos bombeiros, terão um formato diferente este ano, em virtude da pandemia de 2019.

De acordo com a corporação, as quentinhas com a iguaria vão ser entregues diretamente para moradores de rua, acompanhado de um kit com álcool a 70%. Já a missa vai ser realizada na paróquia do quartel da Barroquinha e será transmitida online através do YouTube (@cbmba193a) partir das 9h.

Além do caruru, serão doadas cestas básicas, assim como roupas e kits de higiene pessoal, além do álcool a 70%. A entrega vai acontecer em locais previamente escolhidos.

“Nos readequamos para conseguir manter a tradição e as homenagens. Para evitar a aglomeração, vamos levar as quentinhas e os kits diretamente para aqueles em necessidade alimentar em locais pré-definidos por nós. Estamos num ano de muita dificuldade, por isso resolvemos também levar cestas básicas e roupas para os mais necessitados”, explicou o comandante-geral do CBMBA, coronel BM Francisco Telles.

História

Há décadas o Mercado de Santa Bárbara, no Centro Histórico de Salvador, pegou fogo. A imagem da santa foi levada então para o quartel da Barroquinha, onde permaneceu até a reestruturação do imóvel danificado. 

Durante o incêndio, devotos pediram proteção à santa para que os bombeiros militares conseguissem combater as chamas, o que foi alcançado. Desde então, a imagem entra no quartel durante a procissão, em sinal de respeito e agradecimento. Patrimônio Imaterial do Estado, a Festa de Santa Bárbara abre o calendário baiano de festejos populares.

Padroeira dos bombeiros

Santa Bárbara é a protetora de todos os que trabalham com material explosivo. Os bombeiros, por trabalharem com o fogo, e por vezes com situações como desabamentos provocados por tempestades ou incêndios provocados por raios, situações que os bombeiros também atuam. Por isso, eles foram também absorvidos como “afilhados” de Santa Bárbara, na devoção popular.