“Se é para ter mudança, que seja com mais calma”, diz Pedrinho da Rocha sobre transferência do circuito da folia
Um os grandes nomes do Carnaval de Salvador declarou ao Portal M! que acha “temerário” realizar a alteração após dois anos sem a festa
Diante da polêmica envolvendo a possibilidade de mudança do circuito Barra-Ondina para a região da Boca do Rio, o designer e publicitário Pedrinho da Rocha, que está entre os grandes nomes do Carnaval da Bahia, defendeu que essa discussão ocorra com mais tempo e calma. A declaração foi feira em entrevista ao editor-chefe do Portal M!, Osvaldo Lyra, na noite desta quinta-feira (28).
Na opinião dele, pode ser “temerário” realizar a mudança após dois anos sem a realização da festa devido à pandemia da Covid-19 e já retornar em um novo local e com novo formato.
“Não é que eu seja contra a mudança, mas saindo de um período grande sem o Carnaval e fazer a mudança nesse retorno, acho temerário. Imagine, você passa dois anos sem ter o Carnaval, quando volta, volta em outro lugar, em outro formato. Acho que se é para ter mudança, que seja com mais calma, com mais tempo”, recomendou.
Pedrinho também defendeu a importância de ouvir os agentes envolvidos na festa antes que seja tomada uma decisão. “Ouvir mais a população, os foliões, as entidades carnavalescas com mais cuidado, mas acho que acima de tudo, a opinião pública”, pontuou.
Sobre a possibilidade da mudança do circuito, o publicitário ressaltou que o Carnaval baiano sempre foi construído de forma espontânea e não de “cima para baixo”, sempre levando em consideração a opinião do folião.
“O Carnaval baiano foi construído mais espontaneamente do que de forma administrada de cima para baixo. Quem nasceu no Centro sabe que o Carnaval inicialmente tinha um trecho da Avenida Sete até a Praça da Sé, depois passou a incorporar o Campo Grande. Antes, mesmo assim, tínhamos o Tororó, Amaralina e todos esses locais eram escolha do folião. Assim como foi com a Barra, que foi uma escolha do folião”, lembrou.
Com base nisso, ele acredita que, mesmo que sejam promovidas mudanças no circuito, se não houver a aderência do público à decisão, é possível que haja uma perda da “essência do Carnaval”.
“Se não estiver a gosto dele [do público], naturalmente, você vai até armar um grande show, levará as pessoas, mas o Carnaval no sentido da essência, acho que esse perde. Porque você precisa que as pessoas se sintam acomodadas naquele local que elas vão, que estejam acostumadas e que escolham ir. Na hora que você determina para elas, você perde a magia do que é o Carnaval”, observou.
Ele também citou outras ocasiões em que se cogitou a mudança de circuitos do Carnaval. “Já houve época em que se quis levar o Carnaval para o Comércio, depois para o CAB, Paralela, agora tem essa questão da Boca do Rio. Já houve uma experiência do Farol Folia, que acho que não foi bem sucedida”, lembrou.
Por fim, Pedrinho afirmou que o Carnaval não é apenas um show de bandas, mas sim um evento cultural. Ele também ressaltou a importância de se defender a essência do Carnaval, independente do local em que seja realizado.
“O Carnaval precisa ter o lúdico, que não precisa ser, necessariamente, um show. Show a pessoa paga, vai em uma casa de eventos e assiste. O Carnaval é mais que o show de uma banda. Acho que o Carnaval está na essência. Já tive situações de estar em outros lugares, no litoral, e vi manifestações no Carnaval, então o Carnaval não tem, necessariamente, um ponto. Carnaval está na essência das pessoas. Acho que ele sempre vai existir, independente se vai estar administrado em tal lugar ou outro, não importa. O Carnaval vai existir na essência do baiano, é isso que importa”, concluiu.
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