“Salvador tem que reestabelecer novas estratégias em relação ao turismo”, diz ACM Neto na Expo Retomada

O prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), participou do nesta quarta-feira (11) do Expo Retomada, realizado no Centro de Convenções de Salvador. A proposta do evento é debater os novos formatos e protocolos de segurança no segmento, com foco no turismo de negócios no pós-pandemia.

Durante palestra, o prefeito disse que Salvador passou os últimos oitos anos olhando para o futuro. Em sua avaliação, 2020 seria o ano que a capital “coroaria”sua imagem como um dos principais destinos turísticos do Brasil. “A Expo é uma das principais referências desse processo de transformação da capital baiana”, analisou o gestor durante o painel mediado pelo diretor geral do Centro de Convenções, Ludovic Moulin, com participação on-line do publicitário baiano, Nizan Guanaes.

Ainda segundo Neto, diante da crise sanitária mundial, devido a pandemia da covid-19, Salvador terá que estabelecer novas estratégias em relação ao turismo, bem como transparecer ao visitante que a capital baiana é um dos destinos mais seguros em relação ao cumprimento dos protocolos de segurança.

“Nós temos muitos desafios, porque a essência de Salvador é agregar pessoas. Nós teremos agora os meses de dezembro, janeiro e fevereiro, que tradicionalmente aumentam a força do turismo de Salvador. Agora precisamos para ter outra estratégia e vender Salvador de outra forma e com outros aspectos. Mostrar que Salvador é um destino seguro, porque aqui os protocolos são seguidos e que pode oferecer alternativas de lazer que não tragam o risco de contaminação da covid-19”, afirmou.

Durante o painel, o prefeito da capital baiana concordou com Nizan Guanaes em uma estratégia de “vender” a cidade em aspectos mais amplos, fora do calendário de festas. A ideia, segundo ele, é valorizar a história e a cultura da cidade: “Temos que chamar os turistas para conhecer nosso Centro Histórico”. 

Além disso, Neto ainda tem como planos repaginar a orla de Salvador visando buscar o turismo natural, e assim, “trazer grandes empresários para o turismo de negóciso e de lazer para articular ações, gerando um grande network internacional”, afirmou. 

O prefeito de Salvador ainda criticou a deficiência do governo federal que não adotou uma política nacional de articulação das cidades turísticas brasileiras.

“Infelizmente o governo não assumiu o papel para juntar todas as peças e ser um facilitador internacional para o Brasil. Governadores e prefeitos podem dar as mãos e esquecer as diferenças políticas e podem abrir conexões com outras autoridades em relação ao turismo”, concluiu.