Salvador do futuro terá 500 metros de escada rolante ligando a Barroquinha ao Comércio
Titular da Seinfra e urbanista falam sobre as necessidades da capital no pós-pandemia
Para o presidente do Instituto de Arquitetos do Brasil na Bahia (IAB-BA), o arquiteto e urbanista Luiz Antônio de Souza, do ponto de vista urbanístico, a pandemia mostrou não só que em Salvador falta de equipamentos de saúde ou condições sanitárias adequadas, mas revelou como são problemáticas as condições de moradias e arranjos extremamente densos, como casas coladas umas nas outras.
Salvador – a primeira capital do Brasil é tão antiga quanto – completa nesta terça-feira (29), 473 anos de existência. Em março de 2020, o planeta foi acometido pelo surto de Covid-19, que vitimou 6,13 milhões de pessoas. Só no Brasil, que ocupa o 3º lugar no ranking global, foram 659 mil óbitos.
Hoje, o país vive um momento que, para muitos, é chamado de ‘pós-pandemia’. Para o urbanista Luiz Antônio de Souza, ainda é cedo para se considerar como o ‘novo agora’. “Estão falando sobre a pandemia estar acabando, mas não vejo por parte do poder público municipal ou estadual, nenhuma política substantiva, consequente, que esteja orientada para tratar das sequelas de tudo que houve”, ponderou.
O especialista, ao citar as sequelas da Covid, fala especificamente sobre as pessoas que, ainda hoje, estão em acompanhamento médico e/ou internadas por conta das consequências que o vírus causou ao corpo, como lesões permanentes no sistema respiratório, por exemplo.
“Muita gente ficou bom, mas as que sobreviveram e estão com problemas graves de saúde? E as que sobreviveram, mas perderam pessoas da família? E os órfãos da pandemia?”, questionou o presidente da IAB-BA. “O urbanismo também trata dessas questões. As pessoas sempre associam o urbanismo ao físico, ao construir, em fazer um sistema viário, mas é muito mais que isso”, acrescentou.
Todas as questões levantadas por Antônio Luiz, segundo ele, já foram vividas pela cidade em um outro momento da história, quando a capital teve um surto de cólera, em 1858. De acordo com o Museu Interativo da Saúde na Bahia (Misba), na época, a doença foi classificada como endêmica, e manifestou-se inicialmente em marinheiros e alastrou-se pelo Recôncavo até o Agreste baiano.
“Não é a primeira vez que a Salvador é acometida por um surto pandêmico. Tivemos a cólera em meados do século 19 e é curioso falar sobre isso porque há uma dissertação de um aluno do curso de História em que ele faz um levantamento sobre as questões da época: a crise no comércio e a reação popular”, comentou o especialista em urbanismo.
“No dito popular, a epidemia comendo no centro e os comerciantes revoltados com as ordens de fechamento. Tudo isso que estou falando não é novidade”, acrescentou. “É como viver tudo novamente”, completou.
Luiz explicou ao Portal M! que o urbanismo trata também de questões como a distribuição racional ordenada das pessoas no território. Ele aponta que a solução de muitos problemas da capital têm de ser pensados e planejados para médio e longo prazo.
“Não adianta tirar a população de um lugar e colocar para morar em outro se ela trabalha em um local mais longe. Isso tem a ver com as condições de vida das pessoas no espaço. Para viabilizar o metrô, retirou parte dos ônibus”, lamentou. “Reclama-se do transporte, por exemplo, mas o próprio serviço também ocupa um lugar no espaço, assim como tantas casas. Salvador cresceu de forma desordenada e sem estrutura”, classificou o especialista.
Obras programadas
Para comemorar os 473 anos da capital a Prefeitura de Salvador programou dezenas de intervenções na capital baiana. Entre as elas, a conclusão da 4ª etapa de requalificação do entorno do Farol de Itapuã, na última quinta-feira (24). Inauguração de 40 praças, melhorias em iluminação e outras melhorias.
Segundo o secretário municipal de Infraestrutura Obras Públicas de Salvador (Seinfra), Luiz Carlos de Souza, a pasta vai entregar nos próximos dias 10 encostas, a requalificação de várias escadarias, além da finalização da obra de revitalização do viaduto Raul Seixas -sobre o rio Camaragipe – , e a conclusão do Parque Pedra de Xangô, em Cajazeiras.
“Em momento nenhum, durante a pandemia, as obras pararam. A gente entende que a obra tem vários vies e dentre eles é de mudar a cidade, tornando-a mais acessível. As obras têm fator também importante que é geração de emprego e renda. Tomamos a decisão juntamente com o prefeito Bruno Reis como forma de geração de emprego e renda para cidade”, disse.
Em entrevista ao Portal M!, destacou (em obras futuras) a implantação de uma Casa da Mulher e de uma escada rolante que vai ligar a Barroquinha ao Comércio. A Casa vai ser instalada em um terreno ao lado do Salvador Shopping, na avenida Tancredo Neves. Luiz Carlos conta que o local foi pensado de forma estratégica.
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