Representantes do Carnaval de Salvador defendem realização da festa e pedem rapidez na definição

Sem prazo para ser resolvido, o impasse sobre a realização do Carnaval de Salvador mobiliza empresários do setor. O Portal M! conversou com alguns deles, que comentaram a decisão do Conselho do Carnaval (Comcar), favorável à realização da festa. O posicionamento saiu em assembleia extraordinária realizada na quinta-feira (11).

O coordenador executivo do Comcar, Washington Paganelli, afirmou que já é hora de o poder público de posicionar e que o Conselho já deliberou a favor da realização do evento. Segundo ele, é preciso que Salvador faça a festa a fim de não perder espaço para outras capitais como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte.

“Nós deliberamos em votação para que a festa ocorra. Agora a prefeitura e o governo que tomem as providências. Mas queremos fazer o Carnaval seguindo todos os protocolos sanitários, como a exigência de vacina, RT-PCR negativo e aferição de temperatura”, pontuou.

Paganelli ressaltou que o folião que não cumprir as exigências será barrado nos circuitos. Destacou ainda a quantidade de pessoas envolvidas direta e indiretamente com a festa.

“Vamos deixar bem claro que o folião não-vacinado não entrará no circuito. Além disso, é preciso salientar que são mais de 120 mil pessoas que vivem dessas festas, então é preciso que ela aconteça porque o povo não aguenta mais ficar sem trabalhar”, afirmou.

O empresário Windson Silva, do bloco Cheiro de Amor, também defendeu a realização do Carnaval de Salvador e disse que a decisão precisa ser tomada logo.

Segundo Windson, desde quinta (11), o bloco Cheiro já ficará disponível para venda. “Há tempo hábil para fazer o Carnaval. Organizar camarote e bloco é fácil, porque existem empresas que patrocinam, só que não pode ser em cima hora para não dificultar a viabilidade”, pontuou.

Ele destacou também que o turista precisa de programa para vir a Salvador e, por isso, não dá pra acontecer do dia para noite.

“Se a decisão chegar muito em cima da hora, o turista não tem condição de se planejar. Além do mais, com carnavais crescendo em todo o Brasil, ele vai acabar migrando para outras metrópoles como São Paulo, Belo Horizonte, Recife”, disse.

Windson afirmou que a não realização do Carnaval causa prejuízo para a imagem da capital baiana e fazê-lo em uma data diferente da habitual também não é positivo pelo fato de a festa ser algo tradicional já de muitas décadas.

“Deixar de fazer ou postergar para uma outra data causam perda de imagem do Carnaval de Salvador de forma internacional e nacional, além da baixa visibilidade. É preciso, sim, exigir protocolos e critérios”, salientou.

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