Professores não se sentem seguros para voltar às aulas, diz Sinpro
Para Alysson Mustafá, apenas a aplicação da 1ª dose de vacina contra a covid-19 não é significado de estar imunizado
Como já informado na noite da última quarta-feira (28) pelo Portal M!, os professores da rede privada de ensino decidiram, em assembleia, não retomar as atividades presenciais em salas de aulas, seguindo o que já havia sido deliberado pelos docentes da rede pública.
Nesta quinta-feira (29), em conversa com este site de notícias, o coordenador-geral do Sindicato dos Professores do Estado da Bahia (Sinpro-BA), Allyson Mustafá, explicou as razões as quais a categoria definiu por manter apenas as atividades remotas.
“O fato de muitos professores terem tomado a primeira dose não significa que eles estão imunizados. Cada escola tem a sua particularidade, mas precisamos observar outros fatores como o deslocamento através do transporte público e contato desses profissionais com outras pessoas. Ontem, na assembleia que nós fizemos, havia professores do interior que sequer tomaram a primeira dose da vacina e já estão sendo convocados a voltar às aulas”, afirmou o dirigente.
No encontro de ontem, segundo Mustafá, realizado de forma virtual, houve a participação de 500 pessoas, sendo que 98% delas votaram a favor de não retomar as aulas presenciais. “Nunca em nossas reuniões tivemos um registro desse tipo. Foram quatro horas de debate”, salientou.
Questionado acerca da possibilidade de uma greve, caso haja uma imposição por parte do sindicato patronal, assim como do poder público, o coordenador-geral do Sinpro-BA afirmou que a decisão precisaria ser discutida com a categoria dos professores.
“Teremos mais encontros com a categoria, um assembleia já está marcada para a semana que vem. Pedimos, neste momento, a compreensão do poder público que revogue a decisão de retomar as aulas na próxima segunda-feira. Ainda assim, os professores não vão retornar às aulas porque não se sentem seguros para isso”, disse Allyson Mustafá.
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