Presidente da Arena Fonte Nova diz que prioridade é o ‘Carnavalito’, mas não descarta novas possibilidades para a folia

O presidente da Arena Fonte Nova disse na manhã desta quarta-feira (7), que a prioridade do equipamento é em sediar o “Carnavalito”, durante o Carnaval de Salvador, mas que não descarta novas possibilidades.

O posicionamento ocorreu após ele ser questionado pelo editor-chefe do Portal M!, Osvaldo Lyra, no programa Nova Manhã da rádio Nova Brasil FM, sobre a possibilidade da Arena sediar camarotes já consolidados pelo folião, como o Camarote Salvador e o camarote Villa Mix.

“A prioridade continua sendo o Carnavalito, mas a Arena está sempre aberta para conversar, interagir com os produtores locais e com os de fora. Então, eu não descarto absolutamente nada, mas hoje a prioridade e toda a formatação está sendo feita para o Carnavalito acontecer e ser um sucesso. Eu acho que esses outros dois produtos são também um sucesso absoluto e onde eles estiverem vão ter uma boa venda, sempre. Nos últimos anos tenho passado nesses dois em particular e tem sido maravilhoso também”, disse Dênio Cidreira.

“São produtos complementares que algum dia podem estar juntos ou simplesmente estarem separados, mas que vão estar fazendo sucesso da mesma forma”, acrescentou.

Além do equipamento ter levado a Bahia para os circuitos nacionais e internacionais de futebol, e servir também como um dos palcos para o Carnaval de Salvador, que é a maior festa de rua do mundo, a Arena sedia eventos diversos de vários segmentos. Um deles é o Arena Gamer. Para Dênio, embora movimente bilhões ao redor do mundo anualmente, o público gamer ainda é tímido, mas em ascensão.

“Ainda é público silencioso, mas que representa alguns bilhões de faturamento quando olhamos a nível mundial. Então, ele vem crescendo fortemente, mesmo tendo uma movimentação financeira muito alta. É um público muito fiel desse espaço e nós também vamos ter alguns eventos, independente dos jogos de futebol, eventos voltados para o público gamer e estamos trabalhando forte nisso daí, inclusive com patrocinadores”, disse Dênio Cidreira.

O presidente da Arena explicou também que cada programação, cada evento, tenha um diálogo um com os outros, em vez de atuar de forma isolada. “A gente começa a ter funcionamento da Arena, lembrando que o E.C.Bahia inaugurou o museu deles recentemente e já começa a ter um funcionamento da Arena independente de está abrigando eventos, sendo que essas áreas têm uma sinergia com os dias de eventos”, falou.

“As pessoas perguntam porque não abrem lojas na Arena, academia, ótica, mas a gente tem que tomar muito cuidado na Arena para que o que se abra lá não interfira com o nosso foco principal que é abrigar eventos. Eu não posso ter um escritório lá que ele vai querer funcionar até 9h porque eu vou ter movimento na Arena nesse período. Então, dentro da Arena a gente tem algumas restrições de funcionamento porque o que estiver lá dentro tem que ter capacidade de interagir com os eventos que nós abrigamos ao longo do ano”, explicou Cidreira.

Planos de expansão: um shopping ou um restaurante temático

Cidreira ainda falou que o plano de expansão da Arena sempre foi algo que esteve em pauta, mas com a pandemia de Covid-19, os projetos foram colocados no arquivo. Mesmo com a alta da vacinação, com a retomada da economia que ficou estagnada por dois anos, há outros fatores que interferem nos projetos, como a alta na inflação no país e a guerra na Ucrânia.

“Então, com a tendência de retomada do público e vamos lembrar que já tivemos lá na Arena um fluxo de um milhão e setecentos mil pessoas no ano e esse é um fluxo que atrai qualquer tipo de interesse de empreendimento comercial. Agora estamos retomando e o mercado está se reposicionando, mas tem a guerra na Ucrânia, têm a inflação. Então, todo mundo com muita cautela neste momento”, comentou Dênio.

“O que temos que focar neste momento é retomarmos para subirmos de novo para esse patamar de um público de quase 2 milhões de reais anualizados, com aquele fluxo de eventos que nós tínhamos a cada três dias que foi o ano de 2019 e aí sim, retomar as negociações”, emendou.

Confira a entrevista na íntegra: