Policiais fazem paralisação de 48 horas a partir da próxima segunda (27)

Contra a PEC 159/2020, que versa sobre a previdência dos servidores estaduais, policiais civis e penais aprovaram, em assembleia realizada nesta terça (21), a paralisação das atividades por 48 horas a partir da próxima segunda-feira (27).

Conforme o presidente do Sindicato dos Servidores Penitenciários(Sinspeb), Reivon Pimentel, o tripé da Segurança Pública da Bahia é composto pela Polícia Civil, Polícia Militar e Polícia Penal, sendo a última responsável em garantir a segurança das unidades prisionais e a custódia dos apenados do sistema prisional baiano. 

O dirigente frisou que os servidores penitenciários e policiais penais serão extremamente afetados com a Reforma da Previdência Estadual, pois pretende retirar o direito à integralidade, à paridade e o valor de pensão por morte e do abono permanência serão reduzidos.

Isonomia

“Nós policiais penais exigimos do Governo do Estado um tratamento isonômico em relação à Polícia Militar. Aos policiais militares foram garantidos integralidade, paridade, 100% da pensão por morte. Além disso, hoje, um policial civil e um policial penal que  estão no fim da carreira recebem um salário que gira em torno de R$ 6 mil a  R$ 7 mil. Se for aplicada essa média que contém na PEC, o salário será reduzido para cerca de R$ 4,5 mil do servidor que está no fim da carreira”, afirmou o presidente do Sinspeb.

Pimentel classificou a PEC como uma “perversidade” e , segundo ele, trata os iguais com desigualdade, pois  não assegura aos policiais civis e penais os mesmos direitos garantidos aos policiais militares. 

“Caso não atendam aos nossos pleitos, o único recurso que cabe ao trabalhador é o movimento paredista, é a deflagração da greve. Uma matéria dessa magnitude que vai afetar mais de 500 mil trabalhadores deveria ter sido discutida com o Parlamento e com a sociedade civil organizada e isso não está sendo feito”, criticou.