PF aponta que grupo suspeito de garimpo ilegal em terra yanomami movimentou mais de R$ 200 milhões
Segundo a investigação, participou do esquema o empresário Rodrigo Martins de Mello, pré-candidato a deputado federal pelo PL, partido de Bolsonaro
Investigação da Polícia Federal aponta que um grupo suspeito de operar a logística aérea para explorar garimpos ilegais na terra indígena yanomami, a maior do Brasil, movimentou mais de R$ 200 milhões em dois anos.
Segundo a PF, o grupo é integrado pelo empresário Rodrigo Martins de Mello, pré-candidato a deputado federal pelo PL, partido do presidente Jair Bolsonaro. Mello passou a coordenar um movimento de garimpeiros em Roraima, que tenta legitimar a atividade criminosa no território yanomami.
A investigação da PF aponta que aeronaves em nome de empresas do grupo são utilizadas para transportar pessoas, combustível e equipamentos a áreas de garimpo na terra yanomami, como forma de concretizar a extração ilegal de minérios.
Mello é dono de empreendimentos que receberam recursos do Governo Federal, principalmente para o transporte aéreo relacionado à saúde indígena. Duas empresas dele, a Cataratas Poços Artesianos e a Icaraí Turismo Táxi Aéreo, receberam R$ 39,5 milhões da União desde 2014, sendo a maior fatia – R$ 23,5 milhões à Icaraí – no governo Bolsonaro.
A sede da Cataratas em Boa Vista já foi alvo de ação de apreensão de helicópteros, feita em conjunto por PF, Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Mello é suspeito de comandar operação logística que garante a exploração ilegal de minérios na terra yanomami, principalmente ouro e cassiterita. Em outubro, ele já havia sido alvo da primeira fase da operação Urihi Wapopë, que investiga o garimpo ilegal no território indígena.
Em nova fase da operação, deflagrada na quinta-feira (19), os alvos foram quatro funcionários da Cataratas e uma suposta empresa fantasma ligada a Mello, que movimentaram valores provenientes do garimpo ilegal após o empresário ter as contas bancárias pessoais e empresariais bloqueadas na investigação da PF.
A corporação cumpriu quatro mandados de busca e apreensão, autorizados pela Justiça Federal, nos endereços dos funcionários.
Entre as provas coletadas pelos investigadores da atuação do grupo de Mello, estão arquivos nos servidores da Cataratas que registram rotas de aeronaves com direção a garimpos localizados na terra yanomami.
Na primeira fase da operação, a PF identificou grande quantidade de combustível, equipamentos para máquinas de garimpo e fardos de alimentos com nomes escritos à mão, além de coordenadas de pontos de mineração.
A apuração também mostrou que um dos funcionários da Cataratas movimentava contas bancárias de outra empresa, a Tarp Táxi Aéreo, com pagamento de boletos que objetivava transferência de recursos ao exterior.
A PF atribui a Mello a sociedade da Tarp, empresa que recebeu R$ 29,1 milhões do Governo Federal entre 2016 e 2018. Também foi identificado que 12 pilotos de helicópteros e 13 mecânicos de aeronaves atuavam para o grupo.
* Com informações da Folha
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