Pesquisa indica preocupações da geração Z e millennials: trabalho, saúde mental e finanças
Entrevistados estão menos propensos a deixar os empregos nos próximos dois anos e consideram ideal o modelo híbrido
Uma pesquisa realizada pela Deloitte mostra que a geração Z – pessoas nascidas entre 1995 e 2003 – e os millennials, os nascidos entre 1983 e 1994, se sentem profundamente preocupados com o próprio futuro.
A pesquisa foi realizada pela Deloitte com 14.808 pessoas da geração Z e de 8.412 millennials (23.220 entrevistados no total), de 46 países. No Brasil, foram ouvidas 801 pessoas, sendo 500 da geração Z e 301 millennials, entre 24 de novembro de 2021 e 4 de janeiro de 2022.
As duas gerações no Brasil estão menos propensas a deixar seus empregos atuais nos próximos dois anos – 36% da geração Z (no ano passado eram 49%) e 28% dos millennials (em 2021, eram 34%). Em contrapartida, 30% dos brasileiros da geração Z (22% em 2021) e 41% dos millennials (39% em 2021) pretendem ficar mais do que cinco anos nos trabalhos atuais.
A insatisfação com o salário (17% da geração Z e 28% dos millennials) e a falta de oportunidades de aprendizado e desenvolvimento (16% da geração Z e 10% dos millennials) são as principais razões pelas quais eles estão deixando os empregos.
Na hora de escolher uma nova empresa para trabalhar, a oportunidade de desenvolvimento lidera os critérios (37% geração Z / 41% millennials), enquanto receber um salário melhor, principal motivo para deixar uma empresa, vem na última posição (19% geração Z / 20% millennials).
Trabalho híbrido
Mais da metade (51%) dos brasileiros pertencentes à geração Z e quase metade dos millennials (48%) trabalham presencialmente. Porém, a maioria dos entrevistados das duas gerações (65% da Z e 63% dos millennials) prefere um modelo híbrido de trabalho.
Aqueles que tiveram a oportunidade de trabalhar remotamente citam benefícios como permitir que eles vejam sua família com mais frequência, sobrando tempo para fazer outras coisas de que gostam e ajudando-os a economizar dinheiro.
“Essas duas gerações foram muito impactadas nos últimos anos, especialmente quando falamos de trabalho. Desde 2020, eles vivenciaram novas formas de trabalhar, experimentando primeiro o teletrabalho e, posteriormente, o modelo híbrido. Todos esses elementos que a pandemia da Covid-19 trouxe transformou a percepção desses públicos e a relação deles com o trabalho”, diz Dani Plesnik, líder de Talent & Culture da Deloitte.
Finanças e aposentadoria
A pesquisa aponta ainda que os millennials no Brasil são mais propensos que a média global a se sentirem financeiramente seguros (55% Brasil ante 46% global) e confiantes de que poderão se aposentar confortavelmente (53% Brasil contra 41% global).
Já a geração Z no Brasil está mais alinhada com a média global – 40% dos brasileiros e 40% dos entrevistados globais se sentem financeiramente seguros, enquanto 39% dos brasileiros e 41% da média global acreditam que poderão se aposentar.
Apesar disso, as duas gerações no Brasil são mais propensas a viver do salário do mês do que as médias globais – sem reservas e com medo de que o salário não seja suficiente para cobrir todas as despesas e os gastos extras: 56% dos entrevistados da geração Z e 57% dos millennials afirmam viver essa situação. Já as médias globais caem, respectivamente, para 46% e 47%.
Por isso, muitos estão assumindo trabalhos paralelos (39% da geração Z no Brasil ante 43% global e 38% dos millennials brasileiros ante 32% global).
Os principais trabalhos extras feitos pelas duas gerações no Brasil são vendedor de produtos ou serviços por meio de plataformas digitais (21% da geração Z e 26% dos millennials); influenciador digital (18% de ambas as gerações); e atuação em organizações sem fins lucrativos (18% da geração Z e 22% dos millennials).
Burnout e ansiedade aumentam
De acordo com a pesquisa, a ansiedade aumenta entre a geração Z e diminui entre os millennials, mas o burnout está presente nas duas gerações.
Os níveis de estresse e ansiedade aumentaram um pouco para a geração Z no Brasil (de 54% no ano passado para 56% em 2022), mas caíram para os millennials (de 52% para 47%). As mulheres das duas gerações, tanto no Brasil quanto fora, responderam que se sentem mais ansiosas, o tempo todo ou na maior parte do tempo.
No Brasil, o futuro financeiro de longo prazo (62% geração Z e 50% millennials), as finanças do dia a dia (57% da Z e 46% dos millennials), as preocupações com a saúde mental (53% e 47%, respectivamente) e o trabalho/carga de trabalho (35% e 26%) são os principais fatores que geram estresse e ansiedade.
Os níveis de burnout são significativamente mais altos no Brasil do que a média global: aqui, 59% dos entrevistados da geração Z e 58% dos millennials dizem se sentir esgotados por causa da intensidade e das demandas do trabalho. As médias globais são de 46% e 45%, respectivamente.
Muitos dos entrevistados dizem que deixaram suas organizações recentemente devido à pressão de suas cargas de trabalho: 50% da geração Z e 51% dos millennials, ante 44% e 43%, respectivamente, da taxa global.
Aproximadamente dois terços das duas gerações no Brasil (66% da geração Z e 68% dos millennials) acreditam que seus empregadores estão mais focados na saúde mental no local de trabalho depois do início da pandemia, mas mais da metade não acredita que isso tenha qualquer impacto significativo sobre os funcionários.
Três em cada dez pessoas da geração Z e dos millennials não se sentem à vontade para falar com seus gestores sobre estresse ou outros problemas de saúde mental. Cerca de um quarto tirou uma folga do trabalho devido ao estresse, mas mais da metade não disse ao empregador o motivo.
Os millennials se mostraram um pouco mais propensos a se sentir à vontade para dizer ao empregador quando precisam de uma folga devido ao estresse ou motivos de saúde mental.
Confira as principais preocupações
– Desemprego (33% da Z / 31% dos millennials)
– Segurança pessoal/criminalidade (24% da Z / 27% dos millennials)
– Custo de vida (23% da Z / 25% dos millennials)
– Mudanças climáticas e proteção do meio ambiente (22% da Z / 19% dos millennials)
– Desigualdade de renda (destaque para 24% dos millennials)
– Assédio sexual (destaque para 21% da geração Z)
* Com informações do Portal G1
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