Pesquisa do IBGE revela hábitos de estudantes adolescentes na Bahia

Uma pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta sexta-feira (10), revelou alguns hábitos de estudantes adolescentes na Bahia. Entre os pontos abordados estiveram consumo de bebidas alcoólicas, sexualidade e conscientização da raça.

Conforme o levantamento – de 2019 -, o estado tinha a maior proporção de escolares que se declaravam pretos (27,7%), mais que o dobro do Brasil como um todo (13,7%). 

Ao mesmo tempo, tinha o menor índice do país de estudantes autodeclarados brancos (17,9%), exatamente metade do indicador nacional (35,8%). 

Os pardos representavam a maior parte dos escolares baianos (43,8% do total); 5,4% se declaravam amarelos; e 4,8% se declaravam indígenas.

Com relação ao bullying, um em cada três  disse ter sofrido o problema na escola, isto é sentiu-se humilhado/a por provocações de colegas pelo menos uma vez nos 30 dias anteriores à entrevista do Instituto: 34,1%. A aparência era a principal causa de humilhação.

Porém, assim como resto do país, as mulheres eram proporcionalmente mais vítimas de bullying que os homens. No estado, 36,7% das escolares relataram ter sido humilhadas na escola; entre os homens a proporção foi de 31,2%.

Álcool e sexo

Em 2019, seis em cada 10 estudantes baianos de 13 a 17 anos já tinham experimentado bebida alcóolica alguma vez na vida (60,6% do total). 

Embora a proporção seja elevada, considerando que o consumo e a venda de bebida alcoólica são proibidos por lei para menores de 18 anos, foi menor do que a nacional (63,3%).

Quase um em cada três escolares baianos que haviam experimentado bebida alcóolica alguma vez fez isso antes do 13 anos de idade (32,6% dos que tinham provado). 

A experimentação precoce também foi mais frequente entre as mulheres (36,2% das que experimentaram fizeram isso antes de 13 anos) do que entre os homens (28,6%) e entre estudantes da rede privada (34,4% contra 32,4% na rede pública).

Já com relação ao sexo, no mesmo período, 35% dos escolares de 13 a 17 anos na Bahia já haviam tido alguma relação sexual. O percentual estava bem próximo do nacional (35,4%).

O percentual de escolares que já haviam tido relação sexual era bem maior entre os homens (40,8%) do que entre as mulheres (29,8%). Havia desigualdade importante também entre estudantes da rede pública (36,3%) e da rede privada (25,1%).

Quase quatro em cada 10 escolares baianos que já haviam feito sexo alguma vez na vida tiveram a primeira relação antes dos 13 anos de idade (39,6% dos que haviam tido alguma experiência). O percentual de iniciação sexual precoce na Bahia era um pouco maior que o nacional (36,6%) e o 9º mais elevado do país.