Músicos criticam atuação do governo do estado na elaboração de decretos durante a pandemia

De acordo com o diretor de relações institucionais do Sindicato dos Músicos da Bahia, o impacto do adiamento da festa será de 97% 


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redacao 27/01/2021 17:52 Cidades

O Brasil sofre economicamente há quase um ano devido a pandemia da Covid-19 que afetou diversos setores do país, principalmente os profissionais do entretenimento que agora têm mais dores de cabeça com o adiamento do Carnaval. Neste ano, a folia momesca estava prevista para começar no dia 12 de fevereiro, mas por conta do surto da doença a festa foi adiada, ainda sem previsão de data. 

Em 2020, o Carnaval de Salvador movimentou cerca de R$ 1,8 bilhão e gerou 215 mil postos de trabalho temporário. De acordo com o diretor de relações institucionais do Sindicato dos Músicos da Bahia (Sindimusicos), Sidney Zapatta, que também é o 1º suplente a vice-presidente do Conselho Municipal do Carnaval, o adiamento da festa provoca uma redução de 97% de todo o movimento financeiro do setor.

“O que é muito grave e impacta na economia do Estado. As pessoas acham que Carnaval é apenas uma mera diversão, mas, quando se debruça nos impactos vão parar na casa dos milhões. O impacto que isso [adiar a festa] está causando na nossa vida é muito grande. Não dá para viver só de cesta básica, não atende as necessidades de ninguém”, afirma Sidney Zapatta. 

No ano passado, a categoria ficou sem faturar no São João, festas de fim de ano e Réveillon.   O sindicato quer alternativas para ajudar o setor que sofre com a falta de alternativas.

“Quem está fazendo esses decretos não está dialogando. Há uma dificuldade de diálogo, o governo não ouve os principais autores, isso não é por falta de tentativa e ofícios, já enviamos. Os músicos estão gritando! Não queremos virar Manaus, mas precisamos dialogar e encontrar as contrapartidas para que as pessoas possam trabalhar e sobreviver”, desabafa o diretor.  

Contrapartida

“Já passou da hora de haver uma política direcionada de contrapartida. O poder público tem condições de atrair empresas para patrocínio necessário. Fazer uma capitalização para atender os artistas, nem que reduzisse o valor, mas que atendesse a maioria dos profissionais, aqueles que tem grande alcance do público não precisa do poder público para isso. Estamos com um problema que vem se arrastando e em todos os momentos que teve para se solucionar fizeram [governo e prefeitura] o inverso”, diz Sidney Zapatta. 

O sindicato informa que continua à disposição do diálogo e pensa em alternativas para ajudar os profissionais que passam por necessidades financeiras. Na segunda-feira (1º), eles se reúnem com o secretário estadual de Turismo e Cultura, Fábio Mota, para falar de alternativas de capitalização para o setor afetado. Dentre elas: direito patrimonial de obras que os músicos não estão recebendo, qualificação e também apresentar uma plataforma de lives remuneradas. Conforme Sidney, serão 12 pontos apresentados na reunião que poderá contar também com a presença da comissão de cultura da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA). 

“A cultura fica no final da fila de prioridades, estamos com um sério problema, se não focar no desenvolvimento econômico agora, quando acabar a vacinação o setor vai demorar bem mais para dá o primeiro sinal”, finaliza.  

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