Médica esclarece dúvidas dos pais sobre vacina da Covid e reforça: “A partir de 5 anos todos devem se imunizar”
Diretora médica do laboratório LPC ressalta a importância das campanhas para o fim da pandemia
Salvador ultrapassou a marca de 30 mil crianças vacinadas contra a Covid-19, mas o sinal de alerta está ligado. A faixa etária imunizada com a dose infantil da Pfizer é de 5 a 11 anos. Ao todo, 167 mil pessoas deste grupo estão cadastradas no SUS para serem imunizadas na capital baian – número que está longe de ser alcançado.
A vacinação é fundamental para o combate ao novo coronavírus, mas muitos pais e mães continuam preocupados. Embora o risco de uma criança desenvolver a forma grave da doença seja menor, o Brasil contabiliza mais de 2.500 mortes entre o público até 18 anos. Na faixa etária entre 5 e 11 anos, são mais de 300 óbitos.
A CoronaVac também faz parte da campanha de imunização para a faixa entre 6 e 17 anos. O estado da Bahia aceitou utilizar este imunizante. Para a pediatra Daniela Lima, diretora médica do laboratório LPC, as duas vacinas aplicados nas crianças são seguras e eficazes. “São excelentes”, garantiu a endocrinopediatra.
Em entrevista ao Portal M!, a médica esclareceu as principais dúvidas sobre a vacinação infantil. Ela destacou três pontos: é fundamental que todas as pessoas se vacinem; a imunização coletiva reduziu, e muito, o número de mortes pelo novo coronavírus; e só a adesão maciça às campanhas poderá fazer o mundo dar adeus à pandemia.
“Vacina boa é vacina no braço, é vacina aplicada! A orientação é que todos a partir de 5 anos se vacinem. As duas vacinas são seguras e indicadas para este público”, explicou Daniela Lima.
Em relação aos efeitos coleterais, a médica explica que os principais são os já conhecidos: dor no local da aplicação e febre, que pode ser tratada, segundo ela, com “medicações e observação”. Também é recomendável aplicar compressas frias no local onde a vacina foi aplicada.
Quando questionada se uma criança com comorbidade deve tomar vacina, e qual delas seria, Daniela Lima deixa claro: todos devem ser vacinados.
“Todas as pessoas que apresentam comorbidades, como diabetes, insuficência renal, asma, enfim, aquelas imunossuprimidas também, têm um indicação maior de se vacinar porque o risco de complicação com a Covid é maior. Em relação ao tipo de vacina, essa recomendação vai ser dada pelo Ministério da Saúde, pelos governos de cada estado”, explicou.
AS PRINCIPAIS DÚVIDAS
– Pfizer ou CoronaVac?
“As duas vacinas liberadas para o público pediátrico, tanto a Pfizer quanto a CoronaVac, são excelentes vacinas. Têm suas indicações bem feitas, estudos foram realizados. Neste momento, vacina boa é vacina no braço, é vacina aplicada! A orientação é que todos a partir de 5 anos se vacinem. As duas são seguras e indicadas para este público”.
– E os efeitos colaterais?
“Os principais efeitos colaterais são os que a gente já conhece – febre, dor no local da aplicação – e isso é manejado como em todas as outras crianças, com medicações sintomáticas e observação. Felizmente, a maioria dos sintomas desaparece nas primeiras 24 horas. O principal é dor no local da aplicação. Por isso, se recomenda a aplicação de compressas frias no local da vacina”.
– E se a criança estiver com sintomas gripais ou com Covid?
“Não se recomenda vaicnação de nenhuma pessoa, não só criança, com um quadro agudo infeccioso, com nenhuma doença ativa. Se a criança apresentar sintomas gripais, o ideal é esperar passar. Caso a criança tenha sido diagnosticada com Covid, a recomendação do Ministério da Saúde é aguardar 30 dias para se vacinar. Isso acontece porque pode ter reação vacinal e isso se confundir como uma piora do quadro”.
– A criança deve se vacinar se tiver comorbidades como diabetes, insuficiência renal e asma grave?
“Todas as pessoas que apresentam comorbidades, como diabetes, insuficência renal, asma, enfim, aquelas imunossuprimidas também, têm um indicação maior de se vacinar porque o risco de complicação com a Covid é maior. Em relação ao tipo de vacina, essa recomendação vai ser dada pelo Ministério da Saúde, pelos governos de cada estado”.
– Os pais não hesitam em vacinar seus filhos contra sarampo e outras doenças, mas ficam na dúvida sobre a Covid. O que dizer sobre isso?
“Infelizmente, a Covid é uma doença que tem trazido algums surpesas. A gente não sabe quem são as pessoas que vão ter quadro leve, quem vai ser assintomático e quem vai se complicar. Por isso é importante nós nos vacinarmos, para nos proteger de complicações. Quais serão não sabemos, o importante é evitar que ocorra para não ter que se preocupar com as sequelas. Da mesma forma que vacinamos nossos filhos contra sarampo, meningite, pneumonia, polio, temos que vacinar contra Covid também. Isso é importante não só para a gente. Posso ser assintomática, mas posso transmitir para alguém que tenha a forma mais grave. A imunização é um bem coletivo, não adianta só um se vacinar”.
– Que outros argumentos você tem para convencer pais e mães a vacinarem seus filhos?
“A gente precisa fazer a vida voltar ao normal, sair de casa sem medo, sem máscara, sem medo de adoecer, de precisar de um internamento e não ter vaga. E só com vacinação, não tem outra alternativa. A gente está no caminho certo, mas todos precisam se conscientizar disso e fazer a sua parte. Temos outros exemplos de vacinação e doenças que não estão mais no radar, como sarampo, poliomelite. Vários exemplos do bem sobre a importância da vacinação, e com a Covid é a mesma coisa. Se a Covid é até mais grave que outras doenças, parou o mundo, a gente precisa fazer com que a pandemia acabe, e a saída para isso é a vacinação, prevenção”.
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