Idosos enfrentam longas filas e dilatam pupila na calçada em clínica credenciada ao SUS
Pacientes que realizaram cirurgias de catarata no local denunciaram descaso
Pacientes da Clínica Oftalmodiagnose, localizada no Rio Vermelho, denunciaram ao Portal M!, um suposto “descaso” no atendimento realizado no último sábado (27), durante a revisão pós-cirúrgica de pacientes que operaram de catarata. Em vídeo recebido pela reportagem, é possível observar pessoas aguardando atendimento do lado de fora da unidade, sem local para sentar. No vídeo é possível ver até mesmo uma profissional aplicando colírio em um paciente na calçada.
Em contato com a unidade, a reportagem foi informada que as filas se formaram porque os pacientes não respeitaram os agendamentos.
De acordo com a denúncia recebida por este portal, a principal preocupação se dá, por conta da presença de idosos expostos ao sol. A unidade realiza cirurgias de catarata, o que torna comum a presença deste público. A denúncia indicava também uma “possível realização de procedimentos em pessoas em pé na fila”.
Ainda de acordo com a denúncia recebida pela reportagem, cadeirantes e portadores de deficiência visual descem dos carros no meio da rua, por falta de vagas no estacionamento, correndo risco de quedas e atropelamento, além de não haver espaço para acomodar os pacientes que serão atendidos no dia.
Defesa
Em contato com a gestora da unidade da OftalmoDiagnose, Elaine Oliveira, na quarta-feira (31), o Portal M! foi informado que, a unidade realiza cirurgias oftalmológicas através do Sistema Único de Saúde (SUS), por meio de um contrato municipal, em que o paciente é submetido a duas revisões obrigatórias, uma com 24 horas e outra com 30 dias. Dessa forma, tanto os pacientes que operaram na sexta-feira (26), como os que completavam 30 dias da cirurgia, tinham retorno agendado para aquele dia.
“Colocamos médicos e equipes para os dois turnos. Pela manhã, seriam os atendimentos para os recém-operados e para a tarde, faríamos a revisão de 30 dias daqueles que operaram no mês anterior. No entanto, o paciente tem aquela visão de que, se for cedo, vai ser liberado cedo e o que ocorreu foi, que eles não respeitaram o horário do agendamento e chegaram, quase todos, na parte da manhã, formando a fila que é visível no vídeo”, explicou.
“Sabemos que em mutirões, as filas são quilométricas, tentamos abraçar da melhor forma, organizar, se programar, mas vai do bom senso das pessoas mesmo”, complementou.
Por sua vez, ao falar sobre a Clínica não dispor de espaço para abrigar todas as pessoas, Elaine aponta que a incapacidade se deu em função da “superlotação”. E apontou que, como a maioria do público é de idosos, já uma separação “da prioridade das prioridades”.
“Então, quando era um cadeirante, alguém com dificuldade de locomoção, mesmo estando fora do horário, colocávamos para dentro, para não deixar exposto do lado de fora. É algo que vem da superlotação. Nós sabemos a limitação física e nossa programação é baseada nisso, por isso, separamos pela manhã e tarde. Se o paciente obedecer ao horário agendado, ele não fica mais de 30 minutos na clínica. Mas, nessa questão de querer antecipar o horário, esse período pode ser estendido, por conta da fila que se forma”, afirmou.
Ela indicou também, que saiu para conversar com os pacientes e que houve um consentimento. “Na verdade, achei que havia tido um consentimento da totalidade, já que foi feita a denúncia alguém não acatou, e eles mesmos consentiram que estavam fora do horário, mas que haviam consentido em ir até lá. Tanto que, mesmo preparados para manhã e tarde, quando deu 13h30, tínhamos terminado tudo, porque todos vieram na manhã”, disse.
Já sobre a falta de estacionamento e de local adequado para o desembarque de idosos e pessoas com dificuldade de locomoção, a gestora disse que há “o estacionamento exclusivo para idosos e pessoas com dificuldade de locomoção, só que aí vem pessoas que estacionam na calçada. É algo que foge da nossa responsabilidade”, ressaltou.
Por fim, ao falar sobre uma possível realização de procedimentos do lado de fora, a gestora afirma que isso não ocorreu e explica a situação. “Os pacientes, antes da revisão de 30 dias, têm um colírio que a gente disponibiliza para usar até essa última revisão, então não há dilatação nesse processo. Então, o que pode ter acontecido é que, deu o horário do colírio e o próprio acompanhante, colocou o colírio”.
Ela também afastou a informação de que se tratariam de mutirões com vínculo político e que, por isso, haviam as filas. “Não há vínculo político, é um contrato municipal que temos há anos. É um serviço que prestamos há mais de 10 anos e nunca aconteceu isso”, garantiu.
SMS diz que situação foi “extraordinária”
Em nota enviada ao Portal M!, na noite de ontem (1º) a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou que a situação ocorrida na Clínica Oftalmodiagnose, localizada no Rio Vermelho, que é credenciada ao órgão, “não está de acordo com o que é preconizado pela SMS”.
De acordo com a nota, o fluxo existente em instituições conveniadas à secretaria, “o processo é realizado através de agendamento prévio no sistema VIDA, de forma mensal”. Já em relação as vagas, a nota diz que “as vagas dos atendimentos e procedimentos especializados são descentralizados para esta rede, com o objetivo de não causar superlotação e possíveis prejuízos aos usuários”.
Por fim, o órgão esclarece que a demanda observada no vídeo foi “uma situação extraordinária” e que “não está de acordo com os regulamentos deste órgão”. Ainda conforme a pasta, o caso foi passado para o setor responsável pelo assunto e está sendo averiguado.
Confira o vídeo enviado a reportagem:
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