Identificação do achado arqueológico deve exigir mais duas semanas de estudo

A identificação das estruturas arqueológicas achadas na Praça Castro Alves vai exigir pelo menos mais duas semanas de estudos. Segundo o superintendente na Bahia do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Bruno Tavares, é possível que seja mesmo o Teatro São João, onde foram apresentadas peças escritas pelo poeta Castro Alves, mas também uma parte do teatro ou mesmo uma fonte anterior a este equipamento.

Arqueólogo contratado pela prefeitura, Claudio César Silva, explicou que as escavações encontraram artefatos de vidro, cerâmica e metais. Será a datação destes elementos que determinará a natureza do achado arqueológico, que foi descoberto em novembro e ficou conhecido da população agora no final de dezembro, quando a informação circulou pela internet. 

Tanto Tavares como Silva asseguram que as estruturas não foram surpresa, pois antes do começo das obras na praça – em fevereiro deste ano – pesquisas com GPR (geo-radar) apontaram para a existência de materiais antigos.”A arqueologia dá indicativos importantes”, afirmou o superintendente do Iphan.

“Tenho que destacar uma parceria que o Iphan fez com a prefeitura municipal: todas as intervenções que tenham ocorrido nos ultimos anos, conduzidas pela prefeitura, dentro da área do Centro Histórico, elas já contam – e já contaram as concluídas – com o devido acompanhamento arqueológico devido”. 

 Bruno Tavares esclareceu ser viável o isolamento da área durante o Carnaval. “Há soluções (engenharia) para isso.  Não há nenhum impeditivo do ponto de vista do Iphan. É um trecho relativamente pequeno em relação ao restante da praça, garantindo a realização do Carnaval sem interferência nenhuma em relação ao bem arqueológico achado.