Governador do Rio Grande do Sul suspende venda de itens não essenciais em supermercados

O governado do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), anunciou na sexta-feira (5), a suspensão da venda de itens não essenciais em supermercados.

Com isso, os estabelecimentos só poderão comercializar itens de alimentação, higiene e limpeza. Bebidas alcoólicas também foram liberadas.

Os demais itens, somente por tele-entrega, como já ocorre para serviços não essenciais. A medida, que visa evitar aglomerações nos estabelecimentos, passa a valer a partir desta segunda-feira (8), e os locais que não cumprirem sofrerão sanções.

“Não é apenas uma questão concorrencial, é também uma forma de buscar reduzir as aglomerações nos supermercados. Eles estão abertos pela essencialidade dos produtos que vendem e por isso eles precisam seguir abertos, mas os itens não essenciais não devem ser vendidos”, explicou Leite.

O chefe do Executivo anunciou também a manutenção da suspensão da cogestão até o dia 22 e estendeu o período de restrição geral das atividades, das 20h até 5h, até o dia 31 de março.

Após ressaltar a alta de internações pela Covid-19, Leite leva em consideração os exemplos de outros países, que adotaram três semanas com restrições, período para que os efeitos sejam observados nas internações e nos hospitais.

Nas redes sociais, as medidas do governador gaúcho foram criticadas por políticos bolsonaristas, neste sábado (6).

O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL), filho ‘zero três’ do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), chamou o governador de “exterminador de empregos”. Seu irmão, Carlos Bolsonaro, atribuiu a proibição a uma “crise hormonal”.

O ex-ministro da Educação, Abraham Weintraub, também reclamou e classificou a medida de “uma afronta à liberdade”. O secretário de Cultura, Mário Frias, disse que “direitos estão sendo desrespeitados”.

O Rio Grande do Sul registrou 676.576 casos e 13.188 mortes pela Covid-19 até a sexta-feira (5). Segundo informações do governo, o número de novas hospitalizações de pacientes com a doença aumentou 9% nas duas últimas semanas. As internações em UTI cresceram 50% no mesmo período.