Funcionários da limpeza urbana trabalham sem máscaras por falta de produto no mercado

Leitores do Portal M! denunciam que vários trabalhadores são vistos fazendo varrição e coleta  de lixo sem o uso de luvas e máscaras em meio à pandemia do Coronavírus em Salvador. Como resposta, o secretário municipal de Ordem Pública, Felipe Lucas, cobrou das empresas terceirizadas de coleta de lixo o fornecimento de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) aos trabalhadores de limpeza urbana.

“Pressionamos as empresas privadas para que elas forneçam esses equipamentos. Muitos já trabalham com luvas, era só a questão das máscaras. Todas as empresas terceirizadas estão sendo notificadas e estamos pressionando para que eles adotem as providências necessárias”, afirmou em entrevista ao M!.

Por meio de nota divulgada no site do Sindicato dos Trabalhadores em Limpeza Pública do Estado da Bahia (Sindilimp-BA), a coordenadora-geral, Ana Angélica Rabelo, esclareceu que essa medida já vem sendo adotada pelas empresas em prol da categoria.

“As empresas já estão solicitando máscara e luvas para os colaboradores que estão expostos nas ruas. Nos pontos de apoio, os trabalhadores vão sair com álcool gel para limpeza das mãos rotineiramente. Alguns pontos de apoio terão sabão líquido. Estamos acompanhando toda a dinâmica”, afirmou.

Escassez de produtos

Felipe Lucas contemporizou o problema alertando que no atual momento de crise sanitária, a alta procura por esses produtos gera uma escassez no mercado. “As dificuldade que as empresas têm é a mesma da Prefeitura. Até agora não conseguimos proteger todos os nossos servidores com os EPIs por falta de produto”, revelou.

“O que está acontecendo é falta do material no mercado mesmo. Tentamos trazer de fora, recebemos doações, mas o que poderíamos licitar e fazer aquisição, nós fizemos. Na Semop conseguimos comprar equipamentos para cada três dias. Porque não tem para 15 ou 30 dias. Estou comprando a cada dois ou três dias”, complementou.