Ford e trabalhadores da montadora em Camaçari chegam a acordo parcial após reunião virtual com TRT-5

A montadora norte-americana Ford e o sindicato que representa os trabalhadores da empresa de Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), chegaram a um acordo parcial, na última quinta-feira (18), após uma reunião virtual com o desembargador do Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região (TRT5-BA), Jéferson Muricy.

Na ocasião, ficou acordado que as negociações diretas entre as partes serão realizadas durante o prazo de 90 dias, com a garantia de salários para todos trabalhadores que forem ou não convocados para o trabalho.

Em contrapartida, a atividade de produção da empresa será retomada a partir da próxima segunda-feira (22), às 6h.

Além disso, chegou-se a um consenso de que os empregados convocados da Ford – e das empresas sistemistas do complexo que aderirem aos termos ora pactuados – voltarão ao trabalho para produção das peças de automóveis, comprometendo-se as partes a negociar diretamente as condições de tal retorno na reunião agendada para esta sexta-feira (19), para revisão do cronograma de retomada da produção.

Outro ponto acordado foi que o abono das faltas injustificadas dos trabalhadores convocados desde o dia 28 de janeiro até a presente data será remetida à mesa de negociação direta, com a Ford assumindo o compromisso de não descontar tais faltas pelos próximos 90 dias.

As partes concordam ainda em pedir conjuntamente a suspensão, pelo período de 90 dias, válidos desde ontem, do Interdito Proibitório que tramita perante a 4ª Vara do Trabalho de Camaçari, bem como a suspensão da tramitação deste Dissídio Coletivo, pelo mesmo período, ainda na fase conciliatória.

Por fim, a Ford se comprometeu a empreender esforços junto às empresas sistemistas do complexo para aderirem aos termos deste acordo parcial, devendo informar ao sindicato acerca das respostas dessas empresas na reunião desta sexta-feira, além de manter os protocolos sanitários de prevenção ao contágio da covid-19 que já vinham sendo adotados e a analisar o apelo do TRT5-BA e o Ministério Público do Trabalho (MPT) em relação à testagem dos empregados que retornarão aos postos de trabalho.