“Estamos devolvendo o Bahia para o lugar de onde ele nunca deveria ter saído”, diz Bellintani, ao falar que a grande riqueza do clube “é a torcida que tem”

Presidente do tricolor também comentou sobre o processo de aquisição do clube pelo Grupo City


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Bruno Brito 14/11/2022 11:21 Cidades

O presidente do Esporte Clube Bahia, Guilherme Bellintani celebrou o retorno do Bahia para a Série A do Campeonato Brasileiro. Na avaliação do gestor, a volta do esquadrão recoloca o time no “lugar de onde ele nunca deveria ter saído”. No entanto, o presidente acredita que se trata mais de alívio do que felicidade.

“Eu tinha essa ferida aberta com a torcida, eu acho que o que aconteceu foi um fato completamente fora da curva. O Bahia tinha planejamento, tem tamanho o suficiente para ter se mantido na Série A e se mantido bem, mas circunstâncias externas e internas levaram ao rebaixamento. O que a gente faz agora é recolocar o Bahia na linha normal, no caminho normal. Então, o acesso à Série A tem esse sentimento para mim. É felicidade? Sim. Mas, acima de tudo, um grande alívio”, afirmou durante entrevista com o editor-chefe do Portal M! e colunista de A Tarde, Osvaldo Lyra.

O gestor também destacou o desempenho da equipe, no que ele classificou como uma série B “das mais fortes de toda a história”, que contou com a participação de equipes tradicionais do futebol brasileiro, como o Cruzeiro, Grêmio e Vasco. Ele também minimizou as oscilações do time no final do campeonato, e destacou que o desempenho ao longo da competição assegurou o acesso.

“A minha análise é de que fizemos uma grande Série B, inclusive com uma Série B com times como Vasco, Cruzeiro e Grêmio. Então, uma Série B das mais fortes de toda a história, e nós nos mantivemos o tempo todo no G4. Lógico que o time passa por oscilação e é sempre assim. É impossível que um time tenha um rendimento linear durante todo o campeonato. A nossa oscilação foi no final, mas o que a gente fez durante toda a competição foi suficiente para segurar o acesso. Terminamos em 4º, mas em campo terminamos em 3º, porque o Vasco só nos passou por uma decisão esdrúxula do Tribunal de Justiça Esportivo, que deve ser revisada, inclusive”, apontou.

Planejamento para 2023

Já sobre o planejamento para a temporada 2023, que começa em 11 de janeiro para o tricolor, no confronto contra a Juazeirense pelo campeonato baiano, Bellintani destacou que, neste momento, está se aguardando a decisão da SAF, cuja assembleia será realizada em 3 de dezembro, e deve decidir pela adesão do City Football Group. “A partir daí caberá ao Grupo City as decisões de contratação, de planejamento, de pessoas, enfim. Toda decisão vinculada ao futebol”, explicou.

Segundo ele, o objetivo é contar com um elenco de cerca de 30 atletas, que se revezem no Campeonato Baiano e na Copa do Nordeste. “Não vamos fazer o Sub-23, mas vamos em alguns momentos jogar com times alternativos, porque o calendário do primeiro semestre é um calendário muito duro, muito corrido, e um elenco curto não é o suficiente para enfrentar todas as competições”.

Chegada do Grupo City

O presidente do tricolor baiano também falou sobre a expectativa da chegada do Grupo City ao Bahia. Na avaliação dele se trata de uma proposta bem estrutura, mas ressalta que é uma decisão que cabe aos sócios do clube.

“É uma decisão que o sócio ainda tem que tomar. Não é uma decisão tomada ainda. A gente trouxe uma proposta que eu entendo que é uma proposta muito bem estruturada, de investimento histórico, e com um grupo que é o maior grupo de futebol do mundo. Hoje nós conseguimos alcançar, atrair um parceiro que qualquer clube do Brasil teria orgulho de se relacionar. E é uma referência no mundo inteiro. Não só para o Bahia, mas para o estado da Bahia. É algo realmente valioso. A nossa expectativa é a melhor possível, mas a gente aguarda ainda a posição do sócio, a tomada de decisão do sócio, que deve acontecer no dia 3 de dezembro”, ressaltou.

 Já sobre os investimentos que devem chegar, após a efetivação da compra, Bellintani lembra que o contrato prevê um investimento de aproximadamente 1 bilhão de dólares. Para ele, se trata de um negócio que muda a realidade do Esporte Clube Bahia.

“O nosso contrato prevê um investimento de aproximadamente 1 bilhão de dólares, mas esse investimento é a referência do contrato como investimento mínimo. A gente tem a segurança de que pelo projeto que a gente vem discutindo, pelo que eles vêm apresentando para a gente, o investimento ao longo de 15 anos será certamente maior do que isso”, destacou.

Além do Bahia, outros clubes no Brasil, como o Botafogo, Cruzeiro e Vasco da Gama também adotaram o modelo SAF. De acordo com Bellintani, se trata esse movimento retrata um novo momento do futebol brasileiro, que coincide com uma maior profissionalização dos clubes, a partir de grandes investimentos.

“Acho muito positivo. É um processo que vem de fora para dentro, com investidores estrangeiros se aproximando do país, com a formação da liga, com a formação da lei do mandante. E também de dentro para fora com a profissionalização dos clubes, com cada vez mais os clubes tendo uma noção exata de não gastar mais do que recebe, de controlar suas dívidas. Acho que o futebol brasileiro está passando por um momento muito interessante”.

Arena Fonte Nova

Em meio ao processo de aquisição do Bahia, surgiram rumores de que o Grupo City estaria querendo assumir o controle da Arena Fonte Nova. No entanto, Bellintani acredita que o objetivo principal do momento é concluir a aprovação da SAF.

“O fundo Mubadala não tem relação com o Grupo City. Ele é um fundo que tem outros negócios, mas ele não tem nenhuma relação com o Grupo City. O City é formado por dois outros fundos, ele não é composto pelo fundo Mubadala. Agora, lógico que quando um grupo como o City se aproxima do Bahia e faz uma parceria com a SAF, o grupo sim pode se interessar eventualmente por uma aquisição ou por aprofundar parceria do estádio, da Fonte Nova. Mas esse é um ponto ainda muito inicial e que não deve nem ser discutido nesse primeiro momento. O foco agora é concluir a aprovação da SAF e fechar a transação com o grupo”, apontou.

Torcida

Com o movimento de aquisição do Bahia, muito se discutiu sobre a aprovação da torcida acerca do negócio. Segundo o presidente do esquadrão, o trabalho de diálogo com a própria torcida, tem sido feito com a transparência do processo, a abertura em todas as extensões, com os conselheiros e comissões do conselho fazendo uma análise muito profunda, muito profissional.

“Os conselheiros estão debatendo isso em alto nível, e os sócios também, por meio dessas entrevistas, lives, documentos apresentados no site. O que a gente quer é que o sócio entenda que é uma decisão definitiva para o clube, e sendo assim deve ser muito pensada e estudada. Até porque, a grande riqueza do Bahia é a torcida que tem”.

Com todo esse movimento, Bellintani ressalta que a torcida do Bahia pode ter fé e expectativa de que vai voltar a sorrir. No entanto, ele apontou que é necessário ter paciência, sobretudo, porque ser um processo que será construído a longo prazo.

“Essa é nossa perspectiva. É lógico que um projeto como esse vai sendo amadurecido aos poucos, a gente não vai vender milagre aqui. O Campeonato Brasileiro é um campeonato muito difícil, e será cada vez mais difícil com o incremento das SAFs. O que a gente sabe é que o Bahia fazendo a SAF vai ser um clube bem mais competitivo do que é hoje, mas não tem milagre. O processo vai ser construído ao longo do tempo”, observou.

Marcelo Guimarães Filho

Outro assunto comentado pelo presidente tricolor foram as ações movidas contra o ex-presidente Marcelo Guimarães Filho, que foi recentemente expulso do clube após votação entre os sócios.

“A gente concluiu agora o processo de desligamento do ex-presidente Marcelo Guimarães Filho. Foi votada em Assembleia e com 99% os sócios decidiram pelo desligamento dele do quadro de sócios, que é fruto de todo o processo que vem sendo feito desde 2013, quando a gente conseguiu a intervenção no clube, e a gente passou a ter um clube mais planejado, racional, sem interferência pessoal na gestão do clube, sem nada que pareça pouco ético ou republicano”.

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