Em novo corte, MEC retira R$ 220 milhões de universidades federais

Segundo o presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), situação é “insustentável”


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Bruno Brito 10/06/2022 10:58 Cidades

A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) anunciou na quinta-feira (9), que as universidades federais sofrerão um novo corto do Ministério da Educação (MEC), no valor de R$ 220 milhões, referente ao orçamento discriminado.

“O MEC informou que metade dos 7,2% ainda bloqueados, o equivalente à 3,2% do orçamento discricionário, será remanejada para outros órgãos para pagamento de despesas obrigatórias, representando uma perda de mais de R$ 220 milhões em nossos orçamentos”, informou a Andifes.

Em nota divulgada pelo órgão, o presidente da associação, o reitor da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Marcus Vinicius David, afirmou que essa retirada tende a elevar, ainda mais, a crise nas instituições federais.

“A situação que já era bastante preocupante, agora se torna insustentável. A Andifes trabalha para a reversão total do bloqueio, e vai agora redobrar esforços para obter a recomposição do valor cortado e o desbloqueio do valor ainda bloqueado, sem os quais fica inviável para as universidades manterem seus compromissos e atividades neste ano”, afirmou.

Por sua vez, o ministro da Educação, Victor Godoy Veiga, informou na noite da última sexta-feira (3) que o bloqueio do orçamento na pasta, definido pelo governo há duas semanas, havia sido cortado pela metade. Com isso, o índice de 14,5% tinha caído para 7,2%.

Agora, segundo a Andifes, metade desses 7,2% foi repassado para outros órgãos, destinando ao pagamento de despesas obrigatórias. Com isso, não há mais a possibilidade de as universidades federais terem esses R$ 220 milhões liberados novamente.

O orçamento discriminado é aquele na qual o governo federal consegue cortar porque não são gastos obrigatórios, como salários e aposentadorias.

No entanto, as universidades utilizam essa verba para pagamento de contas de água, luz, segurança e manutenção, além de investimentos em pesquisa, bolsas e auxílios a estudantes carentes.

 

*Com informações do O Globo 

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