Em dia de paralisação, rodoviários ameaçam greve por tempo indeterminado

A paralisação dos rodoviários do sistema de transporte público e complementar de Salvador, neste domingo (22), teve 100% de adesão da categoria.  Segundo o vice-presidente do Sindicato dos Rodoviários, Fábio Primo, em entrevista ao Portal M!, há a possibilidade de greve por tempo indeterminado caso as negociações com os empresários não avancem.

De acordo com Primo, a avaliação é que a paralisação foi “ótima”, embora reconheça os prejuízos trazidos à população. No entanto, ele fez questão de reforçar que, se a pauta de reunião não for destravada, certamente teremos uma greve por tempo indeterminado.

“Sabemos do prejuízo que traz a cidade e pedimos desculpa à população, porque sabemos desse prejuízo, mas a intenção desse movimento é trazer o mínimo de prejuízo para a população. Mas, se não resolvermos a questão salarial nesta semana, certamente teremos uma greve por tempo indeterminado”, disse.

Fábio também fez questão de parabenizar os trabalhadores rodoviários de Salvador pela movimentação feita na paralisação, e sinalizou que, “se houver nova greve, ela será convocada, assim como fizemos com a paralisação, com 48 horas de antecedência”, disse.

Por fim, o vice-presidente do Sindicato também informou que não houve nenhuma indicação feita por parte dos empresários, e tranquilizou a população sobre a disponibilidade de transporte rodoviário nesta segunda (23). “Teremos transporte normal amanhã”, afirmou.

De acordo com o Sindicato dos Rodoviários da Bahia, os trabalhadores tentaram uma negociação e apresentaram uma pauta com 17 reivindicações, mas não houve negociação com os empresários. O sindicato disse que segue disponível para negociações.

Operação

Diante da paralisação, a Prefeitura de Salvador, através da Secretaria de Mobilidade (Semob), preparou uma operação com 115 ônibus do Subsistema de Transporte Especial Complementar (STEC), conhecidos como Amarelinhos, para garantir o atendimento dos passageiros que seriam prejudicados pela paralisação.

A frota do sistema complementar foi distribuída nas estações Lapa, Pirajá, Mussurunga e Acesso Norte e nos principais corredores de tráfego.

De acordo com o órgão, o plano foi definido levando em consideração a possibilidade de integração com o metrô.