Em crise, CBF prioriza manter Tite na seleção e disputar a Copa América

Após o afastamento do presidente da Confederação Brasileira de Futebol, Rogério Caboclo, por conta das denúncias de assédio sexual, a cúpula da entidade, agora sob o comando interino de Coronel Nunes, decidiu manter o técnico Tite no comando da seleção brasileira.

As lideranças do grupo que vai assumir a CBF depois da saída de cena de Caboclo entendem que a continuidade de Tite é o melhor caminho possível para não por em risco a classificação do Brasil para a Copa de 2022, no Catar.

Os dirigentes consideram que o comportamento do técnico foi correto ao longo desta semana marcada por crises. O fato de Tite contar com o apoio unânime e declarado entre os jogadores da seleção, como ficou evidente nos últimos dias, também pesa.

A cúpula trabalha também para viabilizar a realização da Copa América no Brasil. De acordo com os dirigentes, que vão conduzir a transição política após a queda de Rogério Caboclo, a CBF deve manter boas relações tanto com a Conmebol e as demais federações de futebol do continente (que querem jogar a Copa América) quanto com o governo brasileiro.

Já o jornalista do grupo Globo, Paulo Vinícius Coelho, PVC, publicou no GE que o pool de empresas formado por Itaú, Ambev, Gol e Mastercard já havia demonstrado preocupação e cobrado investigações a respeito da denúncia de assédio sexual feita por uma funcionária da CBF, contra o presidente Rogério Caboclo.

Ainda, segundo o profissional, os patrocinadores parecem bastante interessados na lisura do processo. Para Ambev, Gol, Mastercard e Itaú será bem importante que o Brasil volte a ser campeão do mundo e a preservação do trabalho parece fundamental neste momento de crise institucional.

O Brasil entra em campo pelas Eliminatórias. A seleção, que tem 15 pontos em 15 possíveis, enfrenta o Paraguai em Assunção, nesta terça-feira, às 21h30 (de Brasília).