Em carta aberta, Abrasel solicita ajuste na duração do toque de recolher na Bahia

A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) publicou na última quarta-feira (17), uma carta aberta aos governantes, em detrimento ao decreto do toque de recolher nos 343 municípios do Estado da Bahia.

Na publicação, a Abrasel diz que a realidade caótica da saúde no Estado se dá por conta da “oferta reduzida de leitos hospitalares Covid-19 em comparação ao primeiro pico, ritmo lento de vacinação, e descontrole das mais diversas aglomerações em ruas, praças públicas, paredões de som e festas clandestinas”.

O documento endossa ainda que existem “ambientes sem o menor respeito aos protocolos sanitários, que demonstram a falha dos órgãos públicos em fiscalizar e reprimir esse comportamento irresponsável”.

“Entendemos que as atividades de bares e restaurantes, ofertando ambientes seguros e seguindo fielmente todos os protocolos sanitários, cumprem sua função social e econômica. E de maneira responsável, desempenham papel relevante para a manutenção do emprego e da renda de milhares de famílias em nosso Estado”, ressaltou.

A Associação solicita ao governador que o toque de recolher seja ajustado para que tenha duração das 23:30 às 05 horas.

“Dessa forma, estaremos reduzindo a circulação de pessoas nas ruas, e principalmente reduzindo a movimentação do retorno para casa. Evitando picos e aglomerações no transporte público”, pleiteou.

“Por meio dessa necessária adequação, proporcionamos ao Estado uma ação mais efetiva do seu poder de polícia. Atuando e focando nos reais problemas, as aglomerações clandestinas. Potencializando assim sua capacidade de fiscalização na raiz do problema”, completou.

“Temos a nítida noção da dimensão do momento que estamos atravessando. Assim como da importância dos empreendedores nos mais de 40.000 bares e restaurantes, dos cerca de 200.000 empregos diretos, e de toda cadeia produtiva envolvida, do agricultor familiar às grandes indústrias de alimentação do Estado da Bahia, que notoriamente se encontram sacrificadas diante da realidade que nos atinge”.

“Seguimos atentos e confiantes no diálogo constante que se faz cada vez mais necessário e impositivo, o desafio é um só: superar a Pandemia COVID-19, e a solução virá da nossa capacidade de construir cada passo dessa caminhada juntos!”, finalizou.