Desvinculação internacional da Confederação Brasileira da Skate é contestada por atletas
“Essa decisão injusta e não democrática abala meu preparo psicológico, técnico e físico para os Jogos Olímpicos”, escreveu Gabi Mazetto, uma das skatistas que se manifestou
Alguns dos principais skatistas do Brasil se manifestaram, nesta sexta-feira (12), em apoio à Confederação Brasileira da Skate (CBSk) e contestaram a sua desfiliação internacional. Essa alteração impede a entidade de representar o País nos Jogos Olímpicos de Paris-2024.
Os atletas já haviam saído em apoio da entidade quando ela brigava contra uma fusão com a Confederação Brasileira de Hóquei e Patinação (CBHP) imposta pela World Skate, que passou a exigir apenas uma representação de cada país em seu quadro. A recusa de se juntar à entidade de hóquei e patins foi um dos motivos da desfiliação, ápice da briga política entre as entidades.
Gabi Mazetto, que não foi aos Jogos de Tóquio, em 2021, porque teve de abandonar a corrida olímpica ao engravidar da filha Liz, foi uma das primeiras a se pronunciar. “Essa decisão injusta e não democrática abala meu preparo psicológico, técnico e físico para os Jogos Olímpicos. Durante a gravidez e hoje durante este processo da lesão, a equipe da CBSk sempre esteve presente, poderiam ter desacreditado em mim, mas eles me apoiaram e deram todo o suporte preciso. Sinto uma tristeza profunda ao ter que representar uma federação que nunca fez algo pelo skate, eu me mantenho leal ao skateboarding”, escreveu no Instagram.
O atleta Pedro Barros, que é medalhista de prata olímpico no park, também defendeu a CBSk. Em nota, citou a entidade como responsável por tirar o skate da condição de “modalidade negligenciada e marginalizada” no País e criticou a exigência de fusão com a CBHP, dizendo que seria como o basquete começar a ser representado pela federação de vôlei.
“Existe uma cultura ligada a essas duas modalidades, e não seria justo com a comunidade do basquete, ou com a comunidade do vôlei, tratá-las da mesma maneira. Do mesmo jeito que não é justo fazer isso com o skate, ou qualquer outra modalidade que se sinta invadida ou não representada. No meu ponto de vista, a forma como isso tudo vem sendo conduzido é extremamente confuso, falta diálogo e não me parece nem razoável e nem democrático”, escreveu.
Giovanni Vianna, atual campeão da Liga Mundial de Skate, engrossou a lista de apoio à confederação. “Devido ao últimos acontecimentos, estou aqui para falar que estou junto com a CBSk e ao skateboard. A CBSk vem fazendo um ótimo trabalho, não só olímpico, mas no skate brasileiro em geral. Também é a entidade que eu me sinto representado, se não for o skateboard, não tem sentido tudo isso”, escreveu.
Caso
A World Skate (WS) retirou a Confederação Brasileira de Skate (CBSk) do seu quadro de filiados nesta quarta-feira. A decisão também colocou o Comitê Olímpico do Brasil (COB) como gestor direto do skate no País, até a realização dos Jogos Olímpicos de Paris-2024, e deu sinal verde para a Confederação Brasileira de Hóquei e Patins (CBHP) se tornar a nova representantes dos skatistas, mediante o cumprimento de uma lista de exigências.
Existia um impasse porque a WS exigiu que cada nação passasse a ter apenas uma representação em seu quadro, e o Brasil tinha duas: a CBSk e a CBHP. A instituição internacional chegou a propor uma fusão às duas entidades, mas nenhum acordo foi atingido. A CBSk vinha desafiando a determinação, pois vê a CBHP tentando “se apropriar do skate”, como foi dito em carta aberta divulgada há uma semana. Os principais nomes do skate brasileiro da atualidade, como Rayssa Leal, Pedro Barros e Giovanni Vianna, além de veteranos do calibre de Bob Burnquist e Sandro Dias, vinham se manifestado publicamente contra a fusão, pedindo que “o skate continue nas mãos dos skatistas”.
A WS critica a CBSk por ter “recusado qualquer diálogo com a CBHP” e a de ter realizado uma “campanha difamatória na mídia contra a World Skate e suas regras”. O texto também destaca a falta de “intenção de se associação como a CBHP e demais esportes regidos pela World Skate” e diz que a proposta apresentada pela CBSk não está de acordo com as determinações da World Skate, uma vez que previa manter duas entidades separadas sem criar uma organização guarda-chuva”.
A CBHP, por sua vez, aceitou se transformar na “organização guarda-chuva”, que, assim como a World Skate faz a nível internacional, representará diferentes categorias do skate e dos esportes sobre patins. Agora, a entidade brasileira de patins e hóquei terá até abril estabelecer uma nova federação chamada “Skate Brasil”. Para ser aprovada, terá de provar à WS as condições necessárias para a criação do novo órgão, o que passa por conceder autonomia financeira e técnica a cada esporte e cumprir “todas as Cartas Mundiais de Skate e as Normas Olímpicas Nacionais relevantes”.
Ou seja, Neste modelo, cada uma das 13 modalidades que serão representados pela nova entidade, incluindo os olímpicos skate park e skate street, terá sua própria organização dentro do “guarda-chuva”. Os esportes originalmente representados pela CBHP, dentro do universo do patins e do hóquei, não fazem parte do programa da Olimpíada. A falta de experiência da entidade era um dos pontos apontados pela CBSK para não querer a fusão.
Enquanto isso, fica a cargo do COB gerir a preparação para dos skatistas para os Jogos de Paris-2024, assim como a participação na competição. Está prevista uma reunião com os atletas na próxima semana, e Tatiana Lobo, que já ocupou cargos diretivos na CBSk, foi escolhida como gestora da força-tarefa do Comitê Olímpico.
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