Conselheiro comunitário defende inclusão de motoristas do transporte escolar no auxílio emergencial da prefeitura

O auxílio emergencial de R$ 270, anunciado pelo prefeito ACM Neto (DEM), é uma das medidas municipais que tem contribuído para amenizar os impactos financeiros provocados pela crise do novo coronavírus aos trabalhadores informais. Porém, apesar de sofrerem os reflexos de perto, os motoristas do transporte escolar não foram incluídos no decreto, o que é questionado pelo conselheiro comunitário da prefeitura bairro de Itapuã, Eric Pereira.

“Com a suspensão das aulas, cerca de 900 profissionais que exercem essa atividade de forma regulamentada estão com a renda comprometida e, por isso, deveriam contar com o benefício”, argumenta ele. Eric lembra que esses motoristas cumprem critérios como os dos grupos que vão receber o dinheiro. “Para conseguirem o alvará, precisam comprovar que são autônomos, por exemplo”, ressalta.

De acordo com o conselheiro, cabe lembrar que esses trabalhadores possuem cadastro na Secretaria de Mobilidade de Salvador (Semob), em cumprimento ao decreto municipal nº 27.862/2016, e chegam a desembolsar cerca de R$ 2 mil na obtenção de toda a documentação necessária para o exercício da atividade.

A proposta de inclusão da categoria para receber o benefício foi encaminhada por Eric na manhã da última quarta-feira (15), por meio de requerimentos à Prefeitura de Salvador e também à Câmara Municipal, através da Ouvidoria, da Comissão de Transporte, Trânsito e Serviços Municipais e da Comissão de Legislação Participativa.

Entre os autônomos aptos a receber o auxílio emergencial da prefeitura estão ambulantes, baleiros baianas de acarajé, recicladores, taxistas e mototaxistas acima de 60 anos e guardadores de carro das vagas de Zona Azul na cidade que não estão trabalhando devido a suspensão temporária das vagas.