Ciclos de reposição e pedagogia da alternância podem ser usados na retomada das aulas na Bahia

Os recursos a serem utilizados para minimizar o impacto da pandemia na educação baiana são muitos. O professor Paulo Gabriel Nacif, presidente do Conselho Estadual de Educação da Bahia (CEE-BA), disse ao Portal M!, nesta sexta-feira (10), que o órgão aguarda a definição do protocolo sanitário de retomada das aulas para por em prática os planos pedagógicos no pós-pandemia.

Ele explicou que as medidas são variáveis e dependem de cada região. “Podemos ter lugares em que manteremos atividades remotas, outras que teremos ciclos em que se juntem dois ou três anos para compor os assuntos desse período”. Outra possibilidade é “haver rodízio de turma, utilizando alguns aspectos da pedagogia da alternância”.

A definição de qualquer um desses, ou dos inúmeros outros parâmetros educacionais estudados neste momento, depende dos limites impostos pelos protocolos de segurança. “Pode haver limitação de alunos ou restrições de espaços”, explicou Nacif.

Para ele, todas as possibilidades apontam para a manutenção do ano letivo após a crise do coronavírus. “Temos mecanismos para minorar os prejuízos. Além de ciclos, podemos fazer uma relação de aprendizado significativo com os conteúdos indispensáveis para esse momento e ainda podemos implantar um esquema de conteúdo adicional em outros anos”.

Embora deixe claro que esse último tomo trata-se de sua “perspectiva como conselheiro” e não uma posição oficial do CEE-BA, Nacif enfatiza que há “vários mecanismos que levam em uma direção contrária à perda do ano letivo”. E pontua: “Não vislumbro essa possibilidade”.