Chuva alaga ruas e causa transtornos em Paulo Afonso

Fortes chuvas voltaram a cair em Paulo Afonso na noite da ultima sexta-feira (19), após um longo período de estiagem. As chuvas causaram diversos transtornos aos moradores, mas não há registro de feridos, desabrigados nem desalojados.

De acordo com Defesa Civil do município, em pouco mais de duas horas, foram registrados 80 milímetros, volume considerado elevado.

Por conta da chuva e dos ventos fortes, uma árvore de grande porte caiu no Parque Balneário Abelardo Wanderley, arrancando parte do calçamento junto com as raízes. Houve pontos de alagamentos em diversas vias. Veículos foram arrastados pela força da correnteza e moradores precisaram caminhar pela enxurrada.

Neste sábado (20), equipes da prefeitura fizeram um mutirão de limpeza pelas ruas da cidade e um esquema foi adotado para a remoção do tronco da árvore que caiu. De acordo com Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), não há previsão de mais chuva em Paulo Afonso nas próximas horas, no entanto, o céu está nublado e as temperaturas permanecem elevadas, com os termômetros marcando até 36° e sensação térmica de 40°.

Ainda conforme o Inmet, a partir de domingo (21) até sexta-feira (26), acumulados superiores a 100 milímetros deverão atingir diferentes regiões da Bahia, incluindo cidades que têm em vigor decretos de situação de emergência por causa da seca – a exemplo de Paulo Afonso. O órgão emitiu alerta de tempestades para o período.

Isso acontecerá porque alguns dos principais sistemas meteorológicos típicos de verão, como por exemplo a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) e a provável formação de um canal de umidade, organizada pela presença de um sistema de baixa pressão no oceano, contribuirão para a ocorrência dessas pancadas de chuva, acompanhadas de descargas elétricas e rajadas de vento.

Apesar da possibilidade de causar transtornos, o Inmet aponta que a chuva intensa será responsável por mudar o cenário quente e seco registrado nos últimos meses, especialmente no semiárido, e vai colaborar para o aumento da umidade no solo e aporte hídrico dos reservatórios de água. Atualmente, a Bahia tem quase 200 municípios em situação de emergência por causa da seca.

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