Chef do restaurante Amado mistura influências para criar alta gastronomia
Edinho Engel recebe influências da culinária raiz do sertão brasileiro assim como de imigrantes árabes, judaicos, italianos, franceses e espanhóis
“A comida é mais do que, simplesmente, comer. É para gente ficar a volta de uma mesa, de um fogão. É uma coisa para ser compartilhada para a convivência. Não é somente uma coisa cerebral, mas é para dar prazer”, assim descreveu Edinho Engel, chef do restautante Amado, localizado na avenida Lafayete Coutinho ou Contorno, no bairro do Comércio, em Salvador, sobre a arte da gastronomia.
Para Edinho, como ele é mais conhecido, a inspiração vem de fazer algo que agrade as pessoas, em fazer feliz. No Amado, ele conta que, por inspiração e também estilo, o restaurante cruza experiências únicas de sabores como a sofisticada da cozinha francesa com o tradicionalismo de raíz mineiro, paulista e baiano – mix que é bem a cara da Bahia – terra onde se misturam a folia, o ceticismo e a religião, onde se mistura o bolo de feijão fradinho moído no azeite de dendê.
Segundo o chef, em Minas Gerais, de onde é natural, ele tem como base a cozinha raiz do sertão brasileiro. Em São Paulo, onde passou algum tempo, ele recebeu influências de um misturado de cultura imigrante como árabe, judaica, italiana, francesa e espanhola, sem contar da influência cultural da culinária baiana.
“Eu fui misturando e criando a minha concepção de restaurante de cozinha […] essas cozinhas todas se misturam na minha cabeça e na hora de criar eu vou pegando uma coisa daqui, outra dali. Eu me considero livre, não tenho que fazer uma comida de um país, de uma nacionalidade. Eu faço uma cozinha livre, que eu gosto de fazer, que mistura várias coisas”, disse ele, durante entrevista com o editor-chefe do Portal M!, Osvaldo Lyra, na manhã desta sexta-feira (13), para o programa Nova Manhã, da rádio Nova Brasil FM.
Assim como o restante do mundo, Edinho do Amado foi pego de surpresa quando o surto de Covid estourou no planeta. Com as restrições sanitárias impostas para barrar o avanço da doença que, na época, não havia uma vacina eficaz. Segundo a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), 40% dos restaurantes especializados em comida a quilo fecharam no país devido à crise econômica causada pela pandemia de Covid-19. Em 2021, a estimativa era que o número de estabelecimentos passou de 200 mil para 120 mil.
Edinho, que recebeu no último dia 26 de abril, a convite do presidente da Câmara de Vereadores, Geraldo Júnior (MDB), o título de cidadão soteropolitano, falou que, para driblar a interferência da crise sanitária da economia, ele teve que se adaptar ao momento, com cortes de gastos e inclusão no mercado via delivery – prática que, conforme a Agência Brasil, cresceu de 40,5%, antes da pandemia, para 66,1%, durante o período de emergência de saúde pública no Brasil.
“Foi um momento muito difícil para todos viver um momento de restrição de comparecimento de fechamento. São funcionários, vidas, famílias que dependem do movimento. Mas, eu sempre fui uma pessoa extremamente otimista e guerreira. Quando tinha que brigar, eu ia atrás de autoridade, com quem quer que fosse. Agora, se não pode conviver, se o restaurante está fechado, vamos vender para fora, abrimos delivery, reformulamos coisas, economizamos e enxugamos, mas nunca desistimos. Eu acho que essa persistência faz com que a gente ache brechas e caminhos para sobreviver no momento difícil”, contou.
“Principalmente, quando se está em um momento onde está tudo difícil, como se diz em Minas: você ‘truca’. ‘Ah, é? Está difícil? Está tudo fechado? Vai ter um momento que tudo vai abrir e vai ter gente. Vamos nos preparar para quando abrir e tiver mais gente, estaremos prontos e fizemos isso bem. O Amado hoje está com um movimento ótimo e não posso reclamar, seja de turista, seja de baiano e eu acho que tudo isso é fruto dessa persistência no trabalho, desse espírito de empreender e melhorar sempre”, completou Edinho.
Confira a entrevista na íntegra:
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