Bruno Reis diz que greve de professores tem motivação política e faz apelo por volta ao trabalho; APLB rebate
Prefeito afirma que está aberto ao diálogo, e Rui Oliveira informa que uma nova assembleia será realizada na próxima quarta-feira (25)
“Quero que o prefeito tome juízo, porque colocar um eletricista para ser secretário de Educação é um choque de gestão. Foram 144 escolas em pleno ano letivo sendo reformadas. Só um eletricista que vai fazer isso, um absurdo”. A declaração é do presidente da Associação dos Professores Licenciados da Bahia (APLB), Rui Oliveira, em resposta à fala do prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil), que afirmou que a greve dos professores municipais tem “motivação política”.
A paralisação dos professores da rede municipal de Salvador completa dois dias nesta sexta-feira (20) e segue por tempo indeterminado. Os profissionais cobram da prefeitura o reajuste do piso salarial.
Com o movimento, mais de 163 mil alunos são impactados. Na manhã desta sexta, após declarar que a greve tem motivação política, Bruno Reis pediu aos educadores que retomem as atividades. Ele ressaltou estar aberto ao diálogo com a categoria.
Bruno também disse que, na quinta-feira (19), quando foi iniciado o movimento, mais de 50% dos profissionais não aderiram à paralisação. No entanto, segundo Rui Oliveira, a greve contou com adesão de 90% da categoria no primeiro dia.
Segundo o gestor municipal, os sindicatos não dão à prefeitura o mesmo tratamento dispensado ao Governo Estadual.
“É uma questão política. O governo passou sete anos sem dar qualquer aumento. Só no último ano foi que o governador deu um aumento. E vocês não ouviram eles reclamando, não viram eles fazendo paralisação, muito menos greve. Na prefeitura, fizemos um aumento de níveis no final de 2020. Só eles tiveram esse benefício”, recordou o prefeito.
Em resposta, o presidente da APLB diz que não ocorreu o aumento citado no final de 2020. Além disso, de acordo com Rui Oliveira, o reajuste na rede estadual foi de 36%, enquanto a prefeitura quer oferecer 6%.
Luta pelo magistério
“Todo movimento é político. Nós estamos lutando por uma política educacional de valorização do magistério. Estamos seis anos sem reajuste. Na rede estadual, 67% da categoria teve 36% de reajuste. O menor reajuste foi para quem tem mestrado e doutorado. Diferente da prefeitura, que tem seis anos sem dar nada e quer dar 6%. E ainda tem uma incompetência de uma gestão, que passou dois anos sem aula presencial e durante o ano letivo reforma 144 escolas”, dispara o presidente da APLB.
Bruno Reis ressaltou que nunca interrompeu o diálogo com a categoria. “Nós já pagamos aqui acima do piso. O piso é de R$ 3.850. A gente paga R$ 4.300. Quando você pega os recursos do Fundeb, 70% deveriam ser para gastar com todos os trabalhadores da educação, professores e outros. Mas a gente pega 101,56%, ou seja, todo o dinheiro do Fundeb e ainda tem que botar mais recursos próprios só para pagar os professores”, salientou.
Porém, Bruno pediu compreensão diante das limitações financeiras que o município enfrenta, sobretudo por conta da pandemia.
“Ontem [quinta], 50% dos professores não aderiram e foram às salas de aula. Espero que hoje [sexta, 20] tenhamos até mais. As crianças, a educação não aguentam mais ficar sem aulas. Vamos seguir dialogando, conversando”, frisou o prefeito, que disse permanecer aberto à negociação.
Nova assembleia
Rui Oliveira informa que na próxima quarta-feira (25), às 9h, haverá uma nova assembleia da categoria, no ginásio de esportes dos bancários, para reavaliar o movimento.
“Nós esperamos que o governo tenha sensibilidade para negociar, e a gente espera que até quarta-feira, apresente para a gente uma nova proposta. Tem seis anos sem reajuste. Não é um movimento só em Salvador, tem mais de 60 cidades do interior em greve”, finaliza.
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