Autoridades querem reabrir diálogo com policiais do Ceará

Após o registro de 170 assassinatos em uma semana e a intervenção da Força Nacional e das Forças Armadas, uma comissão com representantes de quatro instituições vai tentar uma solução negociada para o fim do motim de policiais militares no Ceará. O grupo foi proposto pelo Ministério Público do Estado cearense. Além do procurador-geral de Justiça, Manuel Pinheiro, o colegiado terá a presença do procurador-geral do Estado, Juvêncio Viana,  o deputado estadual Evandro Leitão (PDT), o corregedor-geral, desembargador Teodoro Silva Santos. 

A seccional do Ceará da Ordem dos Advogados do Brasil também poderá participar da nova estratégia frente à greve na PM local. Essa reabertura de diálogo terá alguns entraves.A comissão não pode negociar o recuao de punições já determinadas pelo comando da Polícia Militar e também não deve negociar os termos da proposta de reajuste que já havia apresentada pelo governo do estado.  O soldo de um soldado, hoje de R$3,2 mil, passaria a ser  R$ 4,5 mil até o  final de 2022.

A Secretaria de Segurança Pública suspendeu a divulgação de ocorrências de homicídios dolosos (quando o assassino age com a intenção de matar), feminicídios e latrocínios (furto seguido de morte).Procurada pela Agência Brasil, a assessoria da pasta disse que, por uma questão de “estratégia de segurança”, não divulgará mais balanços de mortes durante o motim que completa nove dias nesta quarta-feira (26).